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Vergonhosa impunidade

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A condenação do ex-presidente da CBF José Maria Marin, nos EUA, deveria envergonhar a Justiça brasileira, omissa e falha quando o assunto é punir dirigentes esportivos. Marin foi encarcerado e condenado por lá, mas Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, ex-presidentes da CBF, como ele, ambos citados no mesmo inquérito do FBI sobre corrupção no mundo futebol, seguem lépidos e fagueiros por aqui, usufruindo da dinheirama obtida nos tempos em que mandavam na confederação. Del Nero, aliás, mesmo afastado do cargo e banido do esporte pela Fifa, segue dando as cartas, tendo eleito até o seu sucessor, Rodrigo Caboclo. A farra da impunidade campeia no esporte brasileiro. Um escândalo.

Alívio tricolor

A vitória sobre o Corinthians não fez o Fluminense trocar de posição na tabela (continua em nono), mas aumentou a distância para a zona de rebaixamento, sua maior preocupação no Brasileiro. Já são sete pontos para o primeiro no Z-4, o que permite ao tricolor respirar mais tranquilo

Castigo alvinegro

Bem que o Botafogo lutou e resistiu enquanto pode na Allianz Arena. Mas a expulsão do lateral Moisés, na metade do segundo tempo, foi fatal. Com um jogador a menos, acabou batido com dois gols de Lucas Lima - o goleiro Saulo ainda defendeu um pênalti. Zé Ricardo vai sofrer...

Hora de encostar

O empate do São Paulo com o Paraná dá ao Flamengo a oportunidade de encostar no líder, embora, por causa do triunfo do Internacional, sobre o Bahia, não haja possibilidade de ultrapassar o terceiro lugar. Seja como for, por jogar no Maracanã, diante do Vitória, um dos times do Z-4, torna-se obrigatória a conquista dos três pontos. Mas depois da ridícula atuação contra o Atlético-PR, não basta vencer. É preciso voltar a jogar bem.

Fator Lendl

Número 3 do ranking mundial e maior estrela da nova geração do tênis, o russo Alexander Zverev ainda não conseguiu passar das quartas-de-final nos torneios de Grand Slam. Por isso, resolveu contratar como treinador o tcheco Ivan Lendl, ex-número 1 do mundo e ganhador de 8 títulos de Slam.

Lendl treinou Andy Murray, por seis anos, e foi sob a sua tutela que o escocês conseguiu vencer pela primeira vez um torneio de Grand Slam (tem três, atualmente). Chamado de Ivan, o terrível, em seus tempos de jogador, o tcheco se caracterizou pela persistência e pelo jogo extremamente tático que o levaram a superar um adversário bem mais talentoso, mas menos determinado: o genial americano John McEnroe.

Sobre essa antiga rivalidade, aliás, há uma das melhores histórias do circuito. Corria o ano de 1990 e, faltando um mês para a disputa do US. Open, Lendl pediu ao amigo Nick Bollitieri, dono da mais prestigiosa escola de tênis dos EUA, que lhe mandasse, para treinar, o seu melhor jovem praticamente do estilo saque e voleio, pois, projetava novo duelo contra o Big Mac, mestre no jogo de rede.

Assim foi feito e Lendl treinou durante quatros semanas com o garoto, aprimorando as devoluções. Veio o torneio e nas quartas-de-final, quem Ivan encontra pela frente? Exatamente o seu “sparring”, que o derrotou, sem dó, nem piedade. Em seguida, nas semifinais o moleque encarou McEnroe e também o bateu. Acabaria campeão, vencendo outro jovem na final. Seu nome? Pete Sampras. O outro guri finalista? André Agassi. Começava ali a troca de guarda do tênis mundial.

Água vermelha

A Fórmula-1 encerra as férias e volta neste final de semana, no Grande Prêmio da Bélgica, disputado na desafiadora pista de Spa-Francorchamps, que é para muitos pilotos, a melhor do circuito (Ayrton Senna era um dos que a consideravam assim).

A “Eau Rouge”, curva mais famosa do automobilismo mundial, é de tirar o fôlego e, nos meus tempos de correspondente responsável pela cobertura do circo, somente os mais corajosos e talentosos (como Senna, Piquet e Prost) a faziam de pé embaixo. Nos dias de hoje, com tanto auxílio eletrônico, não duvido que quase todos a desçam (sim, é em descida!) com o pé cravado no acelerador. Ainda assim, duvido que não sintam um baita frio na espinha.

Tomara que Ferrari e Mercedes cheguem em pé de igualdade e que se possa ver, enfim, na atual temporada, um duelo direto entre Lewis Hamilton e Sebastian Vettel, algo que ainda não aconteceu.

Sem favoritismo

Vêm aí os Mundiais de Voleibol masculino e feminino e desta vez, é bom ir se acostumando, o Brasil não é mais favorito, nem entre os homens, nem entre as mulheres. Vi, com preocupação, os amistosos do time de Zé Roberto com uma seleção B dos EUA – perdeu todos. Não me empolgaram tampouco as vitórias do masculino sobre a fraca Holanda. Fiquei com a impressão de que se conseguirmos subir no pódio nos dois, já será lucro.

A mesma língua

Quem disse que Fluminense e Vasco não falam a mesma língua? Ambos acabam de assinar contrato de patrocínio com a rede Yes! Idiomas, e exibirão a logomarca do curso de inglês e espanhol em suas camisas.

Tags:

futebol