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Os tweets do ministro

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Um dia inesquecível que ficou marcado na história tricolor. Há 11 anos e com um gol de Roger, o Fluminense vencia o Figueirense por 1 a 0 e conquistava o título da Copa do Brasil. A festa começou em Santa Catarina e só terminou nas Laranjeiras”. (retweeted by Sérgio Sá Leitão). Naturalmente, não foi esse o único post do excelentíssimo senhor ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, em 6 de junho de 2018, dia do Bicententário do Museu Nacional. Questões clubísticas não eram o único tema a chamar atenção de sua excelência naquela data. O “Serginho do PT”, como era conhecido antes de se transformar em bajulador do que há de pior no (P)MDB, dedicou-se também a falar sobre o desembarque da Normandia e retuitou gráficos comparando o PIB do Chile com o da Venezuela buscando demonstrar os acertos da política de um e os desacertos do outro país – uma descortesia em se tratando de um ministro de Estado de um país aliado. Serginho também encontrou tempo para elogiar Winston Churchill e entoar loas à Revolução Industrial. Mas o que chamou a atenção, mesmo, nos posts desse dia foi uma ausência. Não há uma única mensagem no Twitter de sua excelência em referência aos 200 anos da mais importante instituição do gênero na América Latina. Se o Louvre pegasse fogo (toc, toc, toc) e o ministro da Cultura da França tentasse jogar a culpa em uma universidade, os franceses certamente iriam buscar uma guilhotina em algum museu. Não seria problema algum. Lá, diferente de cá, tem museus aos montes.

SOS cinema

Só pra lembrar: todo o acervo da Cinemateca do MAM está guardado há anos no Arquivo Nacional. Os filmes, altamente inflamáveis, estão longe de estarem armazenados nas melhores condições.

É só coincidência!

A Alerj vota hoje iniciativa do deputado André Lazaroni que, se aprovada, autorizará a ocupação de 95 imóveis do estado para projetos culturais. Mas calma gente! Não se trata de nenhum caso de oportunismo político. A votação do projeto estava prevista desde semana passada.

Dúvida

Perguntar não ofende. Mas se o ministro da Cultura não tem nada a ver com o Museu Nacional quando lhe cobram responsabilidades, porque diabos ele não sai da televisão para falar que agora vai fazer e acontecer? Não é por nada não, é só pra gente ficar sabendo.

Para o alto e avante

Aliás, em 2013, logo após o incêndio da Boate Kiss, o sempre alerta Sérgio Sá Leitão, recém-empossado secretário de Cultura, decidiu fechar todos os teatros da rede municipal interrompendo dezenas de produções. A justificativa foi a falta de condições mínimas para garantir a segurança das atividades. Passados 50 dias, os teatros foram reabertos sem nenhuma reforma estrutural, mas o futuro ministro já garantira para si farta exposição nos jornais e emissoras de rádio e TV. Pena que não criou nenhum factoide indo a um museu.

Simples assim

O jornalista Jefferson Lessa fez ontem brilhante observação sobre a catástrofe que foi o incêndio do Museu Nacional: “Tragédia é cair um cometa, ou se um tsunami tivesse se erguido do lago. O nome disso em bom português é negligência”.

Farenheit 451

Queimar a memória é estratégia e projeto.

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LANCE LIVRE

O estilista Mareu Nitschke e as marcas NovoLouvre, Nuu Shoes e Tundra farão parte do espaço coletivo Obra Ipanema, com evento de apresentação no dia 11 de setembro. Aloysito Maria Teixeira comemorou aniversário com a família , em Itaipava. A ONG Argilando promoverá nesta quinta-feira o encontro #Roda365 para promover o movimento 365 Dias de Agir, próximo à praça Xavier de Brito, na Tijuca.

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