ASSINE
search button

Brasileiro é reeleito como diretor-geral da OMC

Roberto Azevêdo era candidato único e foi escolhido com antecedência

Compartilhar

O brasileiro Roberto Azevêdo foi eleito pelo Conselho-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), órgão máximo do comércio internacional, para seu segundo mandato como diretor-geral da instituição, cargo que ele exerce desde setembro de 2013. O segundo mandato, de quatro anos, terá início em 1º de setembro de 2017.

De acordo com uma nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, Azevêdo era candidato único. O processo de escolha, porém, foi inédito. Foi a primeira vez que a entidade definiu seu chefe com três meses de antecedência. 

Para o Ministério das Relações Exteriores brasileiro (MRE), esse fato expressa o amplo reconhecimento dos membros da OMC à contribuição do diretor-geral para os resultados alcançados pela organização durante seu primeiro mandato (2013-2017).

O Itamaraty destaca que o Brasil apoiou “decididamente” a recondução ao cargo do diretor-geral da OMC “movido pelo reconhecimento de suas contribuições durante o primeiro mandato e pela convicção de que continuará a contribuir, em circunstâncias internacionais cada vez mais desafiadoras, para o fortalecimento do sistema multilateral de comércio”.

Mesmo sendo o único candidato, para ser confirmado Azevêdo precisaria do apoio de todos os 160 membros da entidade. O governo da Índia, declaradamente irritado com o brasileiro, vinha fazendo críticas à sua gestão. Mas optou por não o atacar ou vetar seu nome.

Entre os destaques de seu primeiro mandato estão a conclusão da negociação do Acordo de Facilitação de Comércio (AFC), primeiro acordo multilateral celebrado pela OMC. Em 2015, a OMC também conseguiu um acordo histórico sobre o fim dos subsídios à exportação de produtos agrícolas durante a Conferência Ministerial de Nairobi.

Diplomata de carreira, Azevêdo nasceu em Salvador e é formado em Engenharia Elétrica pela Universidade de Brasília (UNB). Ele trabalhava no Itamaraty desde 1983. Especialista em comércio internacional, desde 2008 ele era o representante do Brasil na OMC e atuava como "negociador-chave".

Com Agência Brasil