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Juros ampliam queda e fecham nas mínimas da sessão, em dia de alívio no exterior

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Os ativos domésticos tiveram nova rodada de melhora na última hora de negócios desta terça-feira, 14, com os juros batendo mínimas, a Bolsa, máximas, e o dólar ampliando as perdas ante o real. Nos minutos finais da sessão regular, as taxas futuras aceleraram o ritmo de queda principalmente nos contratos do chamado miolo da curva, que normalmente são os mais líquidos. Profissionais da área de renda fixa afirmam que o movimento teve caráter técnico, não tendo sido disparado por novidades no noticiário.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou com taxa de 8,17% (mínima), de 8,43% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2021 caiu de 9,56% para 9,23% (mínima). A taxa do DI para janeiro de 2023, também na mínima, encerrou em 10,71%, de 11,03%, e a do DI para janeiro de 2025 fechou em 11,39% (mínima), de 11,71%.

Segundo explicou um gestor, no caso dos juros, muitos investidores que passaram o dia na ponta contrária, apostando que a melhora dos mercados não se sustentaria, viram sua aposta não se concretizar e resolveram entrar vendendo taxa perto do fechamento. "O mercado esteve tranquilo o dia inteiro. Quem girou contra está zerando (posições)", afirmou.

A trégua na crise cambial da Turquia segue como o pano de fundo a estimular o movimento de correção nos ativos globais. O mercado nutre alguma expectativa de alívio depois que grandes empresários do país passaram a pressionar o governo para adotar medidas que estanquem a sangria da lira, reduzam a inflação e para aplicar uma política monetária mais rígida. Há também esperança na melhora das relações diplomáticas com os Estados Unidos, em especial com relação ao pastor americano detido pelo governo turco.

O dólar tinha queda perto de 8% ante a lira por volta das 16h30 e por aqui a moeda à vista era cotada em R$ 3,8668 (-0,56%). Na Bolsa, o Ibovespa ampliou os ganhos, lastreado no bom desempenho do mercado acionário em Nova York e onde os índices de ADRs de empresas brasileiras têm alta forte. Tinha, às 16h32, avanço de 1,45%, aos 78.621,27 pontos.