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Pesquisa aponta Romário como líder na disputa pelo governo do Rio

No cenário, senador disputaria o segundo turno com o ex-prefeito Eduardo Paes

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Pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, em parceria com o JORNAL DO BRASIL, aponta que, se as eleições para governador fossem hoje, o senador Romário (Podemos) e o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (DEM) iriam para segundo turno, com 24,3% e 15,1% das preferências dos eleitores, respectivamente. Para o levantamento foram ouvidos 1.860 eleitores com 16 anos ou mais, em 46 municípios do estado, entre os dias 14 e 19 de julho deste ano. 

Na comparação com a pesquisa anterior, realizada de 4 a 9 de maio, verifica-se que o ranking da disputa ao Palácio Guanabara manteve-se estável. Na ocasião anterior, Romário tinha recebido 26,9% dos votos, enquanto Eduardo Paes, 14,1%. As margens estimadas de erro, das duas pesquisas, são as mesmas, de 2,5% para os resultados gerais. Em terceiro lugar, igualmente, aparece o candidato do PRP, Anthony Garotinho, que em maio tinha 11,6% da preferência dos entrevistados e, agora, foi para 13,5%. No rastro dos três candidatos ao governo do Rio aparecem Índio da Costa (PSD), com 7,2% (na pesquisa anterior, ele tinha 8,8%), e Tarcísio Motta, do PSOL, com 3,8% (em maio, obteve 3,1%). 

Para Murilo Hidalgo, diretor do Paraná Pesquisas, o resultado atual da pesquisa mostra que, mesmo com o fim da Copa do Mundo, a população ainda não está prestando atenção às eleições: “A eleição ainda não entrou na pauta da sociedade, daí esse cenário estável. Só a partir da definição das convenções partidárias e do início do horário eleitoral, mais precisamente a partir de 15 de agosto, é que teremos a possibilidade de verificar uma variação maior”, explica.

Hidalgo não tem dúvidas, porém, de que a disputa se dará entre os atuais três primeiros candidatos, ainda que os números comparativos apresentem uma leve flutuação. “Temos que lembrar que, de maio para cá, houve mudança na lista dos pré-candidatos. Essas trocas de nomes acabam influenciando a opinião dos eleitores. De qualquer forma, já podemos apontar que Romário é definitivamente o nome mais forte, não apenas porque tem índices maiores, mas também porque é o candidato com o menor grau de rejeição”, afirma. 

De fato, o senador Romário é o menos apontado pelos eleitores ouvidos quando o item trata de “não votar nele de jeito nenhum para governador do Rio”: 47,6%. O campeão de rejeição continua sendo Garotinho, com 72,5% (na pesquisa anterior recebeu 71,9%); seguido de Eduardo Paes, com 62% (o ex-prefeito do Rio tinha, anteriormente, 65,3%); Índio da Costa com 57,2% de rejeição (56,3%, em maio); e Tarcísio Motta, com 57,1% (uma leve queda, pois tinha 58,1% de rejeição no levantamento anterior). 

Entre os nomes que também estavam na pesquisa anterior, o juiz Wilson Witzel, do PSC, aparece com 1,8% dos votos (tinha 3,2% em maio). Já o diretor do Viva Rio, Rubem César Fernandes, do PPS, caiu para 0,9% (estava com 1,1%).

Novos nomes 

Numa eleição cuja lista de candidatos vem mudando numa velocidade maior do que até o mais atento eleitor pode acompanhar, é natural que a população ainda esteja aguardando as definições das convenções dos partidos para só então se posicionar sobre quem vai, efetivamente, receber a marcação na urna eletrônica no dia 7 de outubro (data do primeiro turno). 

Na lista dos que apareceram pela primeira vez no levantamento do Paraná Pesquisas, Pedro Fernandes, do PDT, recebeu 2,7% das intenções de votos. Atrás dele, Márcia Tiburi, a escritora e filósofa escolhida pelo PT para substituir Celso Amorim na disputa, obteve 2,1%. 

Outra mudança no meio do caminho foi o ex-técnico de vôlei Bernardinho, que já foi uma aposta do Partido Novo, mas desistiu. Em seu lugar entrou o também considerado outsider Marcelo Trindade, advogado e ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Na pesquisa, ele aparece com 2% dos votos. 

Marcelo Delaroli, que corre por fora pelo PR, busca apoio de Jair Bolsonaro para tentar sair da segunda pior colocação entre os novatos, com 1% de votos. Na lanterna dos novatos, Leonardo Giordano, do PCdoB, recebeu somente 0,6% dos votos na pesquisa.