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Intervenção na segurança é criticada por candidatos ao governo do Rio

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A intervenção federal na segurança no Rio, iniciada em fevereiro, foi criticada por candidatos a governador no debate da Band, na noite desta quinta-feira, 16. Eles apontaram falta de planejamento e de resultados da ação federal. É o primeiro debate da corrida à sucessão de Luiz Fernando Pezão (MDB), em outubro.

Participam do debate oito candidatos: Anthony Garotinho (PRP), Eduardo Paes (DEM), Indio da Costa (PSD), Marcia Tiburi (PT), Pedro Fernandes (PDT), Romário Faria (Podemos), Tarcisio Motta (PSOL) e Wilson Witzel (PSC). Eles destacaram a segurança como um tema prioritário do Estado.

Para Garotinho, "a intervenção não disse a que veio". "Tinha que ter planejamento, com modernização da polícia, e transformação de presídios em unidades prisionais de trabalho", afirmou. Romário disse que apoiou a intervenção como senador, mas não pretende prorrogá-la, caso seja eleito.

Pedro Fernandes não acredita que a intervenção seja solução para o Rio, "e sim integração, numa força-tarefa com o governo federal". Indio da Costa disse que a intervenção é "um engodo" e que "entre a polícia e o bandido, esse governador vai ficar do lado da polícia".

Witzel afirmou que "quem estiver portando um fuzil" será abatido pela polícia num eventual governo seu. Paes, ex-prefeito da capital, defendeu a permanência das Forças Armadas no Rio, mas sob o comando do governador, e não de um interventor federal, "evitando a tomada de novos territórios e conflitos entre gangues".

Marcia se disse "absolutamente contrária á intervenção" porque a medida não resultou na redução dos crimes. Tarcisio classificou a iniciativa de uma "jogada eleitoreira do (presidente Michel) Temer". "Até quando a gente vai insistir nessa política de confronto, que vê a favela como inimiga?", indagou.