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Minas Trend Inverno 2017 - Salão de Negócios: as bolsas de Serpui Marie

Depois de negociar nos EUA, no mercado europeu e no asiático, Serpui Marie chegou à capital mineira 

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Mais uma edição e, novamente, designers e compradores satisfeitos. Na 19ª edição do Minas Trend, que rolou na última semana em Belo Horizonte, cerca de três mil compradores de 15 países agitaram os corredores do Salão de Negócios da fashion week mineira e mostraram que com criatividade e talento é possível contornar as dificuldades econômicas.

Entre as 219 marcas de vestuários, calçados, bolsas e bijuterias que marcaram presença nos 72 mil metros do Expominas, o HT foi conhecer um pouco mais da história de cada uma e saber como estava a recepção das criações e, principalmente, das negociações. E, de fato, nossas conversas só comprovaram a euforia dos corredores: o otimismo voltou a acompanhar as transações.

Serpui Marie

Depois de negociar nos Estados Unidos, no mercado europeu e no asiático, Serpui Marie chegou à capital mineira com uma comprovação: o produto brasileiro é sucesso no exterior. Na marca Serpui, as bolsas, que também podem ser chamadas de obras de arte, exaltam a alegria do nosso país e fazem sucesso lá fora. No Salão de Negócios mineiro, Serpui expôs suas criações de Primavera-Verão 2017. “Esta é uma coleção muito rica. Nas peças, eu usei fibras de buriti, palha de banana e a normal. As bolsas são todas feitas à mão e possuem toques de brasilidade que estão fortemente presentes no DNA da grife”, explicou.

Quando o assunto são os negócios, Serpui Marie destacou que no mercado internacional, os compradores gostam de reconhecer as características brasileiras na peça. “Eu acho que as clientes sempre esperam uma coleção que siga o nosso DNA, que é do colorido brasileiro com bastante palha e cestaria. A gente saiu do mercado dos Estados Unidos, fomos para Paris e agora estamos em Minas Gerais com os mesmos produtos. Existe um fator muito importante chamado globalização que faz com que diferentes cidades do mundo tenham um mesmo produto. E isso é extremamente gratificante, porque há anos a gente mostra a cara do Brasil lá fora”, comemorou.

Porém, trabalhar com a produção de joias no formato de bolsas demanda de uma preocupação maior no custo final. Afinal, por mais deslumbrantes que possam ser, o mundo atravessa crises econômicas que obrigam as marcas a considerarem os custos das peças para que possa haver uma movimentação de mercado. Em relação a isso, a designer e empresária disse que esse cuidado é inevitável. “É um trabalho no qual a gente pensa no resultado final da peça, mas também no custo para o cliente. Então, temos que levar em conta a situação que o comprador está passando, porque a dificuldade dele é a nossa também. Eu percebi, nitidamente, que com o passar dos dias do Salão de Negócios do Minas Trend houve uma reposta melhor. Todas as clientes e o próprio Brasil têm uma esperança de que esse momento vá melhorar, por isso que o Minas Trend está repleto de pessoas comprando. A gente entende que a cliente tem dificuldade por conta da situação que ela está passando. Mas, nesta edição, a resposta já foi bem melhor. O clima e o retorno estão bem mais otimistas e isso é bom para todos”, argumentou. Que maravilha!

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