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Duvivier pede libertação de Boulos: "Vai preso quem luta pelo direito do povo"

Cronista aproveitou para alfinetar o tucano Alckmin...

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O poeta, cronista, roteirista e ator Gregório Duvivier saiu, há pouco, em defesa de Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST): "Num país em que se tolera a defesa da tortura dentro do Parlamento, num estado em que se rouba a merenda das crianças e ninguém é punido, quem vai preso é quem luta pelo direito do povo à moradia".

Gregório aproveitou para, nas entrelinhas, criticar o tucano governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, envolvido na Máfia da Merenda - em que a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo investigam um esquema de corrupção e superfaturamento no fornecimento de alimentos para merenda escolar, envolvendo o governo de São Paulo e pelo menos 22 prefeituras do interior paulista.

Como informou este JB, Boulos foi preso na manhã desta terça-feira (17), em São Paulo. Ele estava na região de São Mateus, na zona leste, prestando solidariedade a 700 famílias que foram despejadas pela Polícia Militar de uma área ocupada. Ele acabou preso por desobediência. 

Segundo o advogado de Boulos, Felipe Vono, Boulos teria tentado negociar com os policiais para que a ação fosse adiada. Vono destacou ainda que não houve desobediência, e que outras pessoas participavam da conversa. Ele foi conduzido ao 49º DP.

A reintegração de posse acabou em conflito entre moradores e a Tropa de Choque da Polícia Militar, que utilizou gás de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo. No terreno particular, onde foram construídas casas de alvenaria e de madeira, moravam 700 famílias.

Em nota, o MTST considera a prisão “um verdadeiro absurdo, uma vez que Guilherme Boulos esteve o tempo todo procurando uma mediação para o conflito. Neste momento, o companheiro Guilherme está detido na 49ª DP de São Mateus. Não aceitaremos calados que, além do massacre ao povo da ocupação Colonial, jogando-o nas ruas, queiram prender quem tentou o tempo todo e de forma pacífica ajudá-lo”, diz a nota.