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Estudo da CNC aponta: quanto menor a renda, mais endividada é a família

Cartão de crédito,financiamentos de carro e carnês são principais tipos de dívidas

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Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que em agosto de 2014 as famílias com renda entre cinco e dez salários mínimos apresentaram a maior proporção de endividadas nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Entre os entrevistados, 60,1% afirmaram ter dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro – 1,3 ponto percentual acima da média pesquisada, que ficou em 56,2%.

As famílias com renda até cinco salários mínimos são as que, além de dívidas, têm mais contas em atraso (18,8%) e afirmaram não ter condições de quitar os débitos (7,9%). Segundo a economista da CNC Marianne Hanson, as famílias de menor poder aquisitivo sempre tiveram indicadores piores, mas em 2014 essa diferença aumentou. “Essa faixa de renda sofre mais com o impacto da inflação, o aumento dos juros e a restrição ao crédito”, afirma.

Além de apresentar o menor percentual de endividados, o grupo com renda acima de dez salários mínimos também apresentou o menor percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso (7,2%) e o menor percentual de famílias que disseram não ter condições de pagar esses atrasos e que, portanto, continuariam inadimplentes (3,0%).

Em agosto de 2014, o cartão de crédito foi o principal tipo de dívida para todos os grupos de renda pesquisados, apontado por 73,5% do total. Em segundo lugar ficou o financiamento de carro, por 15,0% das famílias, e em terceiro, os carnês, por 13%.