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ENAServ reúne especialistas para discutir exportação de serviços

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O Encontro Nacional do Comércio Exterior de Serviços, realizado no dia 19 de abril, na Fecomércio de São Paulo, com apoio da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), teve como destaque a importância do setor na economia no momento em que o Banco Central informa o início da recuperação, depois de dois anos de recessão. “O setor de serviços representa 71% da atividade econômica e, por isso, se continuarmos a concentrar na exportação de commodities, em 2020 estaremos exportando menos que em 2006”, disse José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), organizadora do encontro.

Os demais palestrantes do evento anual reforçaram a mensagem de Castro, ressaltando que o a exportação de serviços agrega valor e, com isso, elevaria o Brasil à categoria dos países mais desenvolvidos. Não podemos depender apenas do câmbio para aumentar as exportações. O câmbio é algo sobre o qual não temos controle algum. Precisamos lutar pela redução do custo das exportações de serviços”, disse Castro.

“Os serviços são o motor dinamizador da economia”, afirmou Marcelo Maia, secretário de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “Sua exportação estimula a capacidade produtiva em todos os setores”. Maia apresentou aos participantes do evento a plataforma do Siscoserv, que permite ver ano a ano as importações e exportações de serviços para todos os países.

Leonardo Pereira Rodrigues dos Santos, superintendente da área de Comércio Exterior e Fundos Garantidores do BNDES, disse que do ponto de vista de um banco de fomento, a exportação de serviços é altamente rentável. “Não existem perdas, principalmente para serviços altamente qualificados”. O BNDES, que é o principal financiador de serviços do país, vai aprimorar seus processos para continuar investindo na exportação de serviços de várias área, como médica, games, comércio eletrônico, engenharia consultiva e arquitetura.

Rubens Medrano, vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-SP) e coordenador da Câmara Brasileira de Comércio Exterior da CNC, destacou a exportações de serviços relacionados à economia digital, como o comércio eletrônico e os games. “Já deixaram de ser tendência para ser realidade, gerando empregos e renda”, afirmou. O embaixador Roberto Jaguaribe, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), lembrou que o Brasil é o maior exportador e importador de serviços da América Latina, mas precisa coordenar parcerias em vários atores relevantes para que as coisas evoluam com eficácia. Ele citou como exemplo o projeto que aproxima o Brasil das principais plataforma de comércio eletrônico do mundo, um setor que até 2020 vai movimentar mais de US$ 2 trilhões em todo o mundo.

O ENAServ 2017 teve como tema “Exportar serviços para ampliar fronteiras”. O evento abordou estruturas de suporte financeiro, desafios e oportunidades para a exportação de serviços, assim como a internacionalização de empresas do setor.