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Bradley Manning diz que é mulher e quer mudar de sexo

O soldado pediu para ser chamado com o nome feminino 'Chelsea'

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O soldado norte-americano Bradley Manning, condenado a 35 anos de prisão por ter divulgado documentos sigilosos para o site WikiLeaks, afirmou hoje, dia 22, que é uma mulher, que quer mudar de sexo e ser chamado com o nome de Chelsea. "Quero ser submetido a uma terapia de hormônios o mais rápido possível. Eu espero que vocês apóiem minha transição. Peço que a partir de hoje vocês me chamem com meu verdadeiro nome feminino, Chelsea", afirmou Manning em uma declaração ao Today Show da emissora norte-americana NBC. Durante o processo, a defesa do soldado evidenciou as fortes pressões psicológicas sofridas pelo jovem, que tem 25 anos, durante o período de vigência da lei conhecida como "don't ask don't tell" [não pergunte, não conte, na tradução livre]. A lei proibia para qualquer pessoa homossexual ou bissexual de revelar sua orientação sexual ou de falar sobre relacionamentos homossexuais, incluindo casamentos, enquanto prestava serviço nas Forças Armadas dos Estados Unidos. A lei foi revogada pelo presidente Barack Obama em 2008.

Em uma declaração lida durante o Today Show, Manning agradeceu seus apoiadores. "Quero agradecer todos aqueles que me suportaram nos últimos três anos. Suas cartas e seu encorajamento me ajudaram a ficar forte. Terei sempre uma dívida com aqueles que me escreveram, que doaram dinheiro para minha defesa ou que vieram assistir a parte de meu processo", afirmou o soldado. O advogado de Manning informou que apresentará o pedido de perdão presidencial e que espera que sua apelação seja acolhida por Obama. O advogado disse que não está preocupado com a segurança do jovem durante o período que ele permanecerá na prisão. "Existem soldados que estão na prisão e que querem somente passar lá o tempo necessário e depois sair", afirmou o advogado. (ANSA)