Um acordo de princípios para a constituição de um governo de unidade palestino foi fechado nesta terça-feira (17) entre os grupos Fatah e Hamas, informou um dos líderes do Fatah, Azzam al-Ahmad nesta quarta-feira (18).
As negociações, feitas em Moscou, na Rússia, começaram no dia 15 e preveem que em dois dias, ou seja, a partir de 20 de janeiro, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, abra a consulta para a formação do governo.
Já nesta quarta, o premier Rami Hamdallah preside uma sessão do governo de reconciliação, composto por tecnocratas e apoiado externamente por Fatah e Hamas. Com isso, será formado um Conselho Nacional que irá contar com palestinos exilados e deve também propor a convocação de eleições, segundo a emissora "Al Jazeera". No novo governo, também devem participar membros do grupo Jihad Islâmica.
Embora a rivalidade entre as duas vertentes sempre tenha existido, desde 2007, Fatah e Hamas entraram em choque constantemente por várias razões. Na última eleição que realizaram conjuntamente, em 2006, a vitória do Fatah causou ainda mais problemas no conturbado relacionamento entre os palestinos.
No entanto, mesmo com o acordo, os líderes dos dois grupos palestinos voltaram a trocar acusações sobre os problemas de falta de energia elétrica na Faixa de Gaza.