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Buscas por sobreviventes em hotel na Itália entra no 5º dia

Bombeiros ainda procuram por mais de 20 pessoas

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A busca por sobreviventes nos escombros do hotel Rigopiano, em Farindola, na Itália, que foi destruído por uma avalanche no dia 18, entrou no quinto dia nesta segunda-feira (23).    

Segundo os bombeiros, há ainda 23 desaparecidos (apesar do número variar de acordo com os dados que vão sendo recebidos) sob a estrutura do local e há a esperança de que novos "bolsões de ar" tenham se formado nos restos do prédio, permitindo que mais pessoas tenham sobrevivido.    

"Quem trabalha nestas condições, está trabalhando como se fosse recuperar pessoas vivas. A esperança existe sempre porque há fatores que podem ter dado condições [de sobrevivência] muito particulares", informa o chefe da Defesa Civil da Itália, Fabrizio Curcio.    

Os grupos de buscas se dividem em dois: um de bombeiros que segue pelo caminho, em condições extremas, que levou ao encontro dos sobreviventes que estavam no Rigopiano e outro que trabalha na área externa, retirando a neve que se acumulou sobre a estrutura.

    "Estamos trabalhando para criar trincheiras e permitir assim de agir em outros lados da avalanche. Para garantir a segurança dos socorristas, no entanto, foram colocados instrumentos para monitorar a eventual ativação de novas avalanches sobre o hotel", disse Paolo Molinari, do Departamento de Defesa Civil.    

Ao todo, 11 pessoas conseguiram sobreviver da tragédia - uma que estava no estacionamento do hotel e outras 10 que chegaram a permanecer entre 40 e 55 horas sob os escombros. Outros seis corpos já foram retirados dos escombros.    

Segundo o Serviço Nacional de Prevenção à Neve e às Avalanches, Meteomont, informou que a pressão exercitada pela avalanche sobre o hotel equivale a cerca de 120 mil toneladas. "Como quatro mil caminhões com carga completa", informou a entidade.    Um dos sobreviventes, Vincenzo Forti, informou que o impacto da neve no local "foi como uma bomba".    

A avalanche aconteceu na tarde da última quarta-feira, após a série de terremotos que sacudiu o centro da Itália, principalmente a região de Abruzzo. A neve arrastou o edifício por 10 metros e destruiu boa parte de sua estrutura. Desde então, as informações sobre mortos e sobreviventes são bastante desencontradas. Estima-se que entre 30 e 35 pessoas estavam no hotel, já prontos para ir embora, no momento do impacto da avalanche - fato que ocorreu entre 17h30 e 18h (hora local).