Depois do baque de ter cancelados os contratos de publicidade com as marcas Speedo e Ralph Lauren nesta segunda-feira (22), o nadador norte-americano Ryan Lochte, que comunicou à polícia do Rio de Janeiro um falso assalto durante os Jogos Olímpicos, perdeu mais dois patrocinadores ao longo do dia: a marca de colchões Airweave e a de cosméticos Syneron Candela.
Especialistas da área desportiva estimam que Lochte teve um prejuízo imediato de US$ 1 milhão nesta segunda-feira, mas que as perdas a longo prazo podem ultrapassar os US$ 10 milhões. Comenta-se, ainda, que mais de 90% da receita do atleta norte-americano de 32 anos tem como origem os contratos publicitários firmados com os patrocinadores.
Nesta manhã, a Speedo anunciou em sua conta no Twitter o fim de sua parceria com Lochte. A marca informou que uma cota de US$ 50 mil de Lochte será doada à ONG Save the Children, que tem trabalho no Brasil, e afirma que, apesar da parceria de 10 anos com o nadador, não pode perdoar um comportamento contrário aos seus ideais.
"Embora tenhamos gostado de ter uma parceria vencedora com Ryan por mais de uma década e ele ter sido um importante membro do time da Speedo, não podemos perdoar esse comportamento contrário aos valores que a marca por tanto tempo representa. Nós valorizamos suas muitas conquistas e esperamos que ele aprenda a partir desta experiência", afirma o comunicado da Speedo.
Em sua passagem pelo Rio de Janeiro, o nadador fez um falso comunicado de assalto ao táxi em que estava com outros atletas à polícia. Dias depois, ficou comprovado, por depoimentos de testemunhas e câmeras de vigilância, que Lochte estava alcoolizado e destruiu um banheiro de um posto de gasolina da Barra da Tijuca, depois de ter pedido ao taxista para fazer uma parada. O atleta deixou o país antes que a Justiça determinasse a apreensão de seu passaporte, mas a Polícia Federal conseguiu interceptar em tempo outros dois atletas que acompanhavam Lochte no suposto assalto.
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