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De volta a Marília, Thiago Braz pede mais incentivo esportivo em sua cidade

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Agora campeão olímpico, Thiago Braz retornou a Marília, sua cidade natal, onde concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira. E aproveitou a oportunidade para chamar a atenção pela falta de incentivo dada aos atletas de sua cidade, considerada promissora no atletismo.

"Marília tem um potencial muito grande. A gente tem vários atletas de Marília competindo no exterior. Não é fácil sair de Marília e competir nos brasileiros, sul-americanos e internacionalmente. Consigo ver que lá tem uma estrutura por trás, é diferente desde o começo. Tem escolinhas lá com pista emborrachada, musculação, tudo num centro só, alimentação, incentivo de toda parte. Para a gente aqui é difícil. O pessoal de Marília precisava de mais apoio, de uma estrutura maior para todos os esportes, não só o atletismo", comentou o medalhista.

Braz destacou que, para o atleta que vem de uma cidade do interior, como ele, a única possibilidade de conseguir firmar a carreira é mudando para as capitais como São Paulo e Rio de Janeiro, onde a estrutura encontrada para se preparar é melhor. E essa foi exatamente a trajetória do saltador de 22 anos.

"Saí daqui com 14 para 15 anos e fui para Bragança Paulista. Todo mundo sabe que São Paulo e Rio de Janeiro são os maiores centros que temos aqui no Brasil. Sabemos que para tentar alguma coisa é preciso sair da própria cidade. A gente não tinha uma pista, colchão ou varas adequadas. Tive que sair, buscar algo melhor, mas o grande sonho dos atletas que saem daqui é voltar e honrar Marília", explicou.

Agora com o peso de ter vencido uma medalha de ouro nos Jogos do Rio, Thiago planeja melhorar a visibilidade aos atletas de Marília, sem ter nada específico em mente neste momento. Acima de tudo, ele diz esperar que sua conquista aumente o interesse geral no esporte de sua cidade.

"Estou pensando bastante no que eu quero como projeto aqui em Marília. Ainda não há nada decidido. Acredito que minha medalha é uma nova chance. Falta muito interesse de empresas em patrocinar atletas. E para criar um atleta não é do dia para a noite, demora uns dez anos para que ele seja preparado", afirmou.