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'El País': O desporto é o filho da realidade socio econômica e cultural

Reportagem diz que reino Unido faturou mais medalhas que todo a União Europeia

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Matéria publicada nesta terça-feira (23) pelo espanhol El País conta que embora os princípios do movimento olímpico fundamentais tenham a intenção de separar política e esportes nos Jogos, a Rio 2016 acabou tendo uma leitura política, por ser um evento global. Nada de novo se nos lembrarmos dos países no contexto da Guerra Fria ou o massacre de atletas israelenses em Munique, em 1972.

Portanto, diz o texto do El País, não surpreendente que a política tenha seu espaço no ensino fundamental, assim como algumas noções de defesa pessoal e aulas de geopolítica. Permaneceram durante as Olimpíadas algumas mazelas que afetam o mundo catual como um todo, como a ameaça do terrorismo, epidemias, nacionalismo fanático, o racismo, a corrupção, o machismo, o mercantilismo, a animosidade entre os vizinhos e o drama dos refugiados. Claro, o desporto é o filho da realidade socioeconômica e cultural. 

> > El País Juegos Olímpicos y política internacional

A reportagem fala que apesar dos conflitos políticos, houveram momentos de trégua, como as imagens de uma ginasta norte-coreano com sua vizinha do sul; revelando episódios de mobilidade ascendente das mulheres e black power nos EUA e outros países, o espírito olímpico idealizado superou os novos desafios humanos, auxiliados pela ciência e tecnologia.

O jornal espanhol analisa que é claro que, à luz das medalhas e ícones dos Jogos, a supremacia de os EUA têm a aparência de ser durável, o tempo de deslocamento do G-2 desportivo e cooperação cultural com a China: quem criteriosamente sentirá saudades de um Trump nesta ordem atual? No geral, o "declínio do Ocidente" é infundado neste campo. Na realidade, os países emergentes levaram para as arenas, de alguma forma, suas ansiedades. O caso do Brasil é marcante: a organização, pela primeira vez na América do Sul dos Jogos Olímpicos foi uma forma de mostrar sua força ao mundo. No entanto, mesmo com as luzes, o grande evento coincidiu e serviu para destacar algumas das suas misérias. Dada a mesma incidência, devemos salientar a importância dos acordos e organizações para criar e assegurar uma concorrência leal entre os participantes na obtenção de medalhas internacionais. Claro que, em tais casos, podemos supor e ter em conta que as medalhas de uma  UK desunida, tendo como a UE sua única concorrente, e uma Catalunha independente...