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Cabral e as visitas na cadeia

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A organização criminosa que foi atribuída pela Polícia Federal ao ex-governador Sérgio Cabral deixa uma grande preocupação em todo segmento responsável pela segurança pública do Rio de Janeiro, não só nos setores militares mas também nos comerciais, industriais e financeiros.

A população assiste ao desrespeito, à anomia, à corrupção, a tudo o que foi feito por esta organização criminosa. A PF e Ministério Público apontam e responsabilizam, fundamentalmente como tem que ser, o governador, mas prende também sua senhora. 

Ora, se ela não era responsável pelas decisões da Justiça, se ela não dava as sentenças nem as isenções fiscais, se ela era usada como advogada ou como mulher do governador, os responsáveis de fato são aqueles que decidiam: no caso da Justiça, a magistratura; no caso das secretarias, os secretários de Estado.

Agora mesmo vemos um secretário desrespeitar, segundo o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal, e o Ministério Público, a decisão da Justiça, facilitando a entrada na prisão, para visitas, de pessoas que não estariam registradas, como manda a lei.

Não é o visitante o responsável, até porque ele demonstra caráter, o que não se vê nos advogados próximos ao ex-governador que enriqueceram com ele e não se sabe até hoje se foram visita-lo ou fizeram qualquer gesto de solidariedade.

Claramente, este secretário que facilitou as visitas tinha também que ser responsabilizado pelo juiz Marcelo Bretas.

São essas falhas ou omissões que permitiram que o país chegasse onde chegou.