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União já, ou uma crise sem precedentes

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O noticiário deste fim de semana aponta para um cenário devastador no Brasil. Suborno de empreiteira no Tribunal de Contas de São Paulo, caixa 2 para Aloysio Nunes, hoje ministro do governo Michel Temer, delator ligando operador a repasse para José Yunes, ex-assessor de Temer, possível delação de ex-presidente do Tribunal de Contas do Rio Jonas Lopes de Carvalho implicando o PMDB no Estado, deputados ameaçando não aprovar a reforma da Previdência...

Assim como desde o início de 2016 o Jornal do Brasil já vinha alertando para os riscos da febre amarela no Brasil, da mesma forma o JB vem destacando nos últimos meses, em editoriais, para as consequências imprevisíveis que uma crise política, econômica e institucional pode ter.  

>> Com a febre amarela não se brinca

Neste sábado, o governo do Rio anunciou que o estado será incluído na área de vacinação contra a doença, mostrando que os alertas do JB estavam no caminho certo. Da mesma forma, esperamos que providências sejam tomadas no âmbito político antes que haja um levante sem precedentes no país.

O Jornal do Brasil vem anunciando que se quatro acontecimentos se sucederem no país, poderá haver uma convulsão social: 

1- a indicação de um candidato a Presidente da República

2 - a possibilidade de um político importante de ser preso

3 - a chapa Dilma-Temer ser cassada e haver eleição indireta para presidente da República

4 - O Congresso, que é o segmento de democracia indicado para eleger pelo voto indireto o presidente da República, terá por parte da opinião pública uma oposição de consequências inimagináveis, em função do conceito que o povo está tendo a respeito deste Congresso

O JB pediu em recente editorial a união de estadistas em defesa do país:

Neste momento de grave crise, o país precisa se unir para atender às suas principais necessidades com homens que possam ser identificados como grandes patriotas. 

>> União nacional ou desintegração nacional

Hoje, já se lê que há um entendimento neste sentido entre ex-presidentes, e dois deles inclusive vêm se encontrando.

Ou então, vejamos:

O núcleo do PSDB, que é São Paulo, vem sendo atacado com denuncias contra Tribunal de Contas, órgão máximo de fiscalização jurídica de um estado, que tem a responsabilidade de aprovar contas das autoridades que os indicam para o órgão. Com membros do Tribunal de Contas denunciados como corruptos, como pode se admitir que as contas do estado estão corretas?

Falamos desse estado fundamentalmente por ser o que reúne a oposição brasileira dos governos populares. Estado que mais impulsionou, com sua população, o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, nas passeatas memoráveis que também pediam o combate à corrupção, apoiadas pela Fiesp com seu pato. Hoje, seu presidente se encontra envolvido em denúncias de corrupção, ao ser indicado como beneficiário de dinheiro dado pelo operador Lúcio Funaro.

Como se não bastasse, a envolvimentos do ex-assessor do presidente Michel Temer, José Yunes, em repasse de dinheiro para caixa 2 de campanha. E ainda envolvimento do ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, citado por delatores como homem que tratava com empreiteiras o dinheiro de campanha.

Como podemos imaginar o que pode acontecer com o país nos próximos meses? Como haverá tranquilidade política, econômica e constitucional?

Agora não se pergunta mais para onde vai o poder. Nossa preocupação é que caminho seguirá o povo.