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A intimidade de Benedicto Júnior com a corrupção

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O ex-diretor da Odebrecht Benedicto Júnior, um dos quadrilheiros corruptores, declara em notícia que o ex-prefeito Eduardo Paes (PMDB) não levava dinheiro para casa, e sim que ele distribuía para os partidos. 

Acredita-se que Benedicto, preocupado com ligações em bancos importantes com supostos corruptores, tenta livrar a cara de figuras importantes. Mas o pior é esse tipo de corruptor ser delator e o povo ser obrigado a acreditar que esse juiz da moral promíscua julgue quem é o corrupto que leva dinheiro para casa de forma diferente daquele que leva dinheiro para o partido, como se um ou outro não fosse criminoso e uma atitude ou outra não fosse criminosa.

Talvez essa proteção seja como aquela tradicional que vemos nas máfias, em que os irmãos se protegiam. O que se constata com essa tentativa de salvaguarda desse corruptor é que não há mais dúvidas de que eles são muito piores para o Brasil que esses trombadinhas eventuais. Eles vêm há mais de 50 anos roubando. Já os trombadinhas são eleitos de quatro em quatro anos, algumas vezes oito anos no poder, mas claramente não tem o tempo da corrupção que essa quadrilha tem.

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