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O privilégio dos bancos

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Na Operação Zelotes, o que se vê são corruptos presos - muito bem presos - e que deveriam ter seus bens sequestrados.

Em compensação, os corruptores são os únicos no Brasil de crise e de crescimento negativo que lucram 23%, 24% no trimestre: os bancos, sempre os bancos.

Agora, o Banco Central declara que "garante o sigilo a informações de banco infrator que aceitar colaborar".

No dicionário, infrator é sinônimo de transgressor, violador, descumpridor, desrespeitador, infringente, contraventor, desobediente, criminoso, culpado, réu.

O texto que se lê chega a ser cínico: "O Banco Central decidiu manter em sigilo por cinco anos a maior parte das informações que receber de instituições financeiras que reconhecerem infrações e aceitarem colaborar com investigações conduzidas pelo BC."

O país vive uma crise na qual, no Judiciário, o Ministério Público não pode denunciar e a Polícia Federal que não pode prender, mas o Banco Central pode decidir beneficiar o infrator com cinco anos de sigilo.

E o que são os bancos? São aqueles que ganham dinheiro com a rolagem da dívida dos governos, dívidas contraídas para que se possa sustentar a saúde pública, a segurança pública, o ensino público.. 

Mas para o banco, o infrator pode ser perdoado.