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JB no Campo - Avaliando: essa coluna traz contribuições ao produtor rural ?

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Falamos no último domingo de matérias que publiquei sobre proteção de nascentes, plantio de bosques com um sistema de financiamento inovador, florestamento no Sudeste. Ao final, lembrei que o Pezão pode se tornar um herói, transferindo recursos de incentivos fiscais de ICMS para reequipar, turbinar a área de Segurança do Rio, onde se passa uma guerra brutal. Recebi manifestações sobre a questão de bosques e proteção de grotas e nascentes, com vários elogios. Nada recebi quanto ao Pezão herói. Entendo que só os interessados em tributos e os comprometidos beneficiados por incentivos de ICMS compreendem esse assunto. A imprensa não fala do tema.

Não explica ao cidadão comum o rombo que se comete contra as finanças do Estado do Rio de Janeiro. Nesse caso, estamos perdidos e parece que não temos interesse em estudar a desgraça que se abate sobre cariocas e fluminenses. Jornalismo investigativo nesse assunto nem pensar. Será que os grandes anunciantes gozam de automática omissão ou proteção? Nem uma lista com as empresas que gozam dos benefícios, informando quanto cada uma deixa de pagar de ICMS a cada ano é publicada... apesar de Cabral, Picciani, Paulo Mello & Cia estarem presos ou processados... Com certeza, existem outros defensores desse vergonhoso acórdão de rapina entre empresas privadas, Executivo e Legislativo estadual. E, no silêncio, tiros de bandidos matam mais inocentes... Temo que o Rio de Janeiro não tenha mais jeito.

Tentando avaliar se escrevemos algo de interesse para os produtores rurais relembro que, aqui, nesse JORNAL DO BRASIL, começamos a falar sobre a necessidade de implementação de uma política pública destinada a estudar o mercado internacional, fomentar, apoiar a exportação de derivados de leite . Uma instância inteiramente focada em derivados de leite. Um grupo de pessoas que possa pavimentar o caminho para que empresas privadas nacionais e cooperativas possam exportar. Um organismo prestigiado para mediar e espancar a burocracia em várias áreas como a tributária, aduaneira, de promoção no exterior, de rapidez no estabelecimento de acordos sanitários bilaterais etc. Atividades de governo, indelegáveis à iniciativa privada. Não temos ninguém coordenando esse trabalho.

Nada temos compatível com a importância social do contexto e da dinâmica onde estão inseridos os produtores de leite , em especial os pequenos e médios. Estamos falando de milhões de empregos, de centenas de milhares de produtores de leite. Aumenta a concentração da produção, um menor número de produtores cada vez mais produz parte maior da produção total. Não pensem que ignoro esse fenômeno como tendência. Mas não podemos aumentar a demanda, viabilizando exportações? E, ganhando tempo até que um governo de verdade desenvolva políticas de remanejamento desses empreendedores e seus funcionários? Como nunca fizemos esforço decente para exportar, podemos dizer que não exportaremos em alguns anos 10% ou 15% de nossa produção?

As principais entidades de criadores como a ABCZ, a Girolandando, a ABCGIL, e outras, estão coletando compromissos de candidatos a cargos públicos para saber antecipadamente quem se dedicará a um movimento de preservação de estabelecimentos rurais que produzem leite. Nesse ponto, o JB cumpriu importante e patriótico papel .Veremos se os eleitos farão sua parte.

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