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Vizinhos distribuem comida a atingidos por incêndio em São Paulo

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Após os bombeiros controlarem o incêndio que atingiu um prédio e alguns barracos da favela do Moinho, no centro de São Paulo, muitas pessoas guardavam, em pé, a frente de suas casas. "Tem gente que aproveita da desgraça e rouba num momento desses", disse uma moradora.

Segundo o sargento Robert Miramontes, do 2º Grupamento de Bombeiros, as primeiras viaturas que chegaram, às 9h30, tiveram dificuldade para alcançar o foco do incêndio. "O acesso foi muito difícil, em certo ponto tivemos que quebrar um muro em três lugares pra passar a mangueira", contou.

As chamas, que segundo ele começaram no andar térreo do prédio, chegaram até o terceiro andar. "O fogo estava muito alto, muito forte", disse. Segundo o sargento, o fogo foi controlado cerca de quatro horas depois do início, e no início da tarde os bombeiros estavam em fase de rescaldo.

Com o ambiente um pouco mais calmo e um fio d'água empoçando, correndo toda a extensão da ruela de barro, uma senhora mulata simpática carregava uma bandeja com panetone, que oferecia a todos que encontrava.

Francisca Aparecida Batista, que trabalha no Templo de Umbanda Caboclo da Mata, conta que, na parte da manhã, 40 crianças apareceram chorando em frente ao local por causa do incêndio.

"Estamos arrecadando e distribuindo comida, fraldas, roupas, água e leite", disse. Funcionários do templo distribuíam água, bolachas, panetone e palavras de consolo a todos que haviam perdido alguma coisa. "Tem muito bebê precisando, muita família que perdeu tudo."