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Mil homens da Forças Armadas atuarão nos presídios, diz ministro da Defesa

Raul Jungmann destacou que eles farão em vistorias, mas não terão contato direto com presos

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O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quarta-feira (18) que inicialmente mil homens das Forças Armadas vão participar das operações em presídios. Ele frisou que os homens não terão contato direto com os presos. Eles atuarão exclusivamente nas vistorias das unidades prisionais, para detectar objetos como celulares, facas, explosivos, armas, barras de ferro e munição. Para o ministro, a presença desses itens facilita a ocorrência de motins e aumenta a letalidade quando eles são deflagrados. O manejo dos detentos, como remoções, por exemplo, será feito pelas polícias estaduais e agentes penitenciários. 

Jungmann afirmou ainda que o número de agentes pode aumentar, dependendo dos pedidos de governadores. "A previsão inicial é em torno de mil homens e cerca de 30 equipes. Como atuamos a partir de demanda, esse número pode vir a crescer", afirmou Jungmann, acrescentando que o orçamento inicial previsto é de R$ 10 milhões. 

O ministro afirmou também que as Forças Armadas estarão prontas para das início às operações em oito ou dez dias. "Nós estaremos em condições operacionais, não é que iniciemos [as operações], mas dentro de oito ou dez dias estaremos, em termos operacionais, prontos", afirmou.

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Jungmann reforçou, contudo, que a medida não dará um fim à crise carcerária nem impedirá novas rebeliões. "Nós não temos a menor ilusão ou pretensão de que apenas um esforço de maior qualidade que será feito, como sempre é feito pelas Forças Armadas, venha a debelar ou resolver essa questão, mas contribui de uma forma extremamente positiva", afirmou, acrescentando: "O que nós estamos contribuindo é para que se reduza a possibilidade [de novas rebeliões] e também reduzir a letalidade, essa tragédia que nós estamos observando. Mas é preciso o concurso das polícias, do Ministério Público, da Justiça, enfim, para que a gente possa superar esse tipo de situação. O que as Forças Armadas estão dando é a sua contribuição, diga-se de passagem, uma contribuição que vai além da sua principal tarefa, que é a defesa da pátria."