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Protesto em São Paulo reúne milhares de pessoas na Zona Oeste da cidade

Manifestantes seguiram em direção à casa do presidente Michel Temer

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Milhares de pessoas participaram de uma manifestação na noite desta sexta-feira (28) contra as reformas trabalhista e da Previdência, propostas pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB). O ato, organizado por centrais sindicais e movimentos sociais, contou com a presença expressiva de estudantes e professores, lotando o Largo da Batata, na Zona Oeste de São Paulo.

No começo da noite, o grupo recebeu o reforço de pessoas concentradas em outros pontos da cidade, como na Avenida Paulista e o centro de São Paulo.

Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o presidente Michel Temer. Um grupo de manifestantes liderado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MTST) seguiu rumo à residência da família do peemedebista, no Alto de Pinheiros. A casa de Temer fica a cinco quilômetros do local. Ele, no entanto, está em Brasília.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou nesta semana que não permitirá o protesto em frente à casa de Temer e reforçou o esquema de segurança nas redondezas do local.

Por alegações de vandalismo e agressão contra policiais, pelo menos 16 pessoas foram presas no decorrer do dia, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Os protestos relacionados à greve geral bloquearam muitas vias importantes da Zona Oeste durante a tarde, quando haviam grupos de manifestantes espalhados por vários pontos da cidade. Na região da Avenida Faria Lima, um grupo de pessoas incendiou sacos de lixo e quebrou agências bancárias.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, disse em discurso que a PM invadiu a sede do Sindicato dos Bancários, no centro de São Paulo. A invasão teria acontecido, segundo ele, por volta das 16h30.

Também no início da noite, um grupo de motociclistas interrompeu o trânsito na Marginal Pinheiros, no sentido Interlagos, na altura do bairro Panamby. O protesto gerou um congestionamento em uma das vias da capital.

Entre os organizadores da manifestação estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo. Segundo a CET, os manifestantes estavam espalhados por seis pontos da cidade, até se reunirem no Largo da Batata.

Até as 18h, a Linha Azul do metrô operava entre as estações Ana Rosa e Luz (com exceção da Sé). Os trens da Linha Verde circulavam entre Ana Rosa e Clínicas com as demais linhas paralisadas.

Em Guarulhos, cerca de mil militantes da Frente Povo Sem Medo queimaram pneus na Rodovia Hélio Smidt, que dá acesso ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. A Polícia Militar interveio com bombas de gás e balas de borracha.

Houve bloqueio também no quilômetro 15 da Rodovia Anhanguera e o trânsito foi interrompido. A PM usou bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar a manifestação.