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Inca suspende cirurgias após suspeita de contaminação da água

Procedimentos afetados foram quimioterapia de adultos e crianças, cirurgia eletiva e endoscopia

Reprodução -
Fachada do INCA
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O Instituto Nacional de Câncer (Inca) informou nesta sexta-feira (28) que suspendeu os procedimentos de quimioterapia de adultos e crianças, cirurgia eletiva e endoscopia do Hospital do Câncer I, na região central do Rio, após risco de contaminação da água de uma das cisternas do hospital após pane no sistema de esgotamento.

Devido ao problema, Inca informou que está sendo executado um plano de contingência no hospital, com distribuição de água mineral a colaboradores, pacientes, acompanhantes e visitantes, até que a análise microbiológica da água do hospital seja concluída, atestando a segurança e confiabilidade do sistema.

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Fachada do INCA (Foto: Reprodução)

De acordo com o Inca, no último domingo (23), houve uma pane em uma bomba responsável pela destinação final dos resíduos da nutrição do Hospital do Câncer I. Após a pane, verificou-se que o problema teria afetado a qualidade da água distribuída em uma das colunas do edifício.

De acordo com o hospital “imediatamente, toda a água do sistema atingido foi descartada e o reservatório submetido a uma higienização e reabastecimento com água de outra fonte”.

Em nota, o Inca informa que as consultas ambulatoriais e exames de laboratório continuam a ser realizados normalmente e o banco de sangue também está aberto aos doadores. O hospital informa ainda que os setores que foram temporariamente suspensos vão aguardar a conclusão das análises microbiológicas que estão sendo realizadas.

Pelo menos até quinta-feira (27), as cirurgias eletivas estarão suspensas, quando deve ficar pronto o laudo microbiológico da água.

A equipe de nutrição sentou um cheiro estranho no final de semana na água das torneiras. Foi feita uma inspeção e as três caixas d’água que abastecem o prédio foram totalmente higienizadas e o serviço de limpeza termina hoje. O vazamento teria ocorrido em uma das três cisternas do prédio, que apresentou uma rachadura.

Os serviços de emergência, radiologia e radioterapia funcionam normalmente. Até agora, nenhum acompanhante ou visitante e pacientes passaram mal devido à qualidade da água usada até a detecção do problema.

Vazamento em junho

Há três meses, em junho último, a direção do Inca suspendeu as cirurgias eletivas e as consultas devido a outra contaminação em sua rede de água.

A direção da unidade diz que o vazamento de esgoto contaminou uma das três cisternas do hospital. Foram funcionários e parentes de pacientes que sentiram um cheiro forte nos bebedouros e nas torneiras. Algumas pessoas que consumiram a água contaminada passaram mal, com diarreia e vômito.