Deus faz-se pressentir através das mediações das coisas, dos acontecimentos, dos seres humanos. O que Deus espera de cada um não lhe é dado através de um único elemento, mas num jogo de reciprocidade.
Daí que estamos perante concepção que põe no centro a responsabilidade de homens e mulheres. O que ocorre não depende do destino cego ou do capricho de deuses, mas do que fazemos ou não. Se olharmos as coisas de perto, não há um elemento da modernidade que não tenha sua raiz no cristianismo.
Sem procurar reivindicar uma originalidade a todo o custo, temos de trabalhar com todos para o sucesso de uma sociedade organizada em rede, seguros de que podemos contribuir para ele, precisamente em virtude das convicções e dos princípios que nos inspiram e nos fazem estar a caminho.
Temos de promover o que por vezes se chama bem comum e, portanto, fazer com que tenha êxito a sociedade em todas as suas dimensões: investigação científica, desenvolvimento econômico, enriquecimento artístico, tarefas educativas, empenhamento político – especialmente em época de crise.
Mas do pluralismo que caracteriza a sociedade até o relativismo que a ameaça, vai só um passo, que se dá rapidamente hoje. Uma tolerância demasiado condescendente leva pouco a pouco a aceitar tudo, a tudo relativizar; sobretudo, leva a desconsiderar todo não alinhamento pela opinião majoritária.
* Engenheiro