Em tempos modernos, quando a cada dia surge um novo modelo de câmera digital mais poderoso e ágil, o fotógrafo Mauro Fainguelernt encontrou uma forma de retratar as paisagens cariocas como antigamente. A partir de câmeras pinhole (lembra daquela primeira máquina fotográfica sem lente?) confeccionadas artesanalmente pelo próprio, a técnica empregada permite novas leituras dos ícones do imaginário carioca em perspectivas diferenciadas. A série Geografias imaginárias , em exposição na Galeria Tempo, remete aos primórdios da fotografia: a geração da foto em uma câmera escura produzida sem lentes ou quaisquer outros recursos tecnológicos. O resultado dessa experiência revela imagens em negativos que enfatizam os claros e escuros, deixando as fotografias com aspecto antigo. As 25 paisagens clicadas, como Pão de Açúcar, Jardim Botânico e Pedra da Gávea, levam, pelo menos, 30 segundos cada para chegarem ao resultado final. “A realidade retratada por Mauro só o interessa enquanto possibilidade de ficção. Fotografia-ideia, sonho, lembrança, simplicidade e poesia substantivam os pinholes do artista”, filosofa Márcia Mello , dona da galeria. Rio à moda antiga A moda carioca se une mais uma vez para lutar contra o vírus HIV. É que até o dia 3 acontece a nona edição do projeto idealizado por Carlos Tufvesson em função do dia 1° de dezembro, Dia Mundial da Luta Contra a Aids, onde as vitrines de Ipanema das marcas participantes ostentam o famoso laço vermelho, símbolo da batalha. “A melhor arma para combater a doença é a comunicação e a moda sempre foi um potente vetor para sensibilizar a população”, declarou o estilista. Em todas as lojas também está disponível um kit de nécessaire, ilustrada por Miguel Paiva , criador da Radical Chic , e um par de sandálias Ipanema, que terá toda a renda revertida para a Sociedade Viva Cazuza. Tufvesson também convida para a missa em solidariedade aos soropositivos que será realizada no próprio dia 1º, no Cristo Redentor.
Vitrines engajadas