"O segmento de maior peso nessa categoria, insumos industriais elaborados (1,2%), cresceu moderadamente. As estatísticas de comércio exterior, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), mostram que em 2006 o ritmo do volume importado de bens intermediários (15,7%) supera o das exportações totais (3,3%), o que sugere uma maior penetração de importações de bens intermediários". Na média, a produção de bens intermediários cresceu 2,1% no ano passado.
A maior alta partiu das fábricas de bens de consumo duráveis (5,8%), impulsionadas sobretudo pela produção de automóveis (5,1%) e eletrodomésticos (10,0%). A manutenção do crédito, a maior estabilidade no mercado de trabalho e o aumento da massa salarial estimularam as vendas domésticas de bens duráveis.
Os bens de capital (5,7%) também cresceram acima da média nacional, apoiado principalmente na compra de computadores, nos resultados de bens de capital para fins industriais (5,3%) e nos segmentos relacionados à infra-estrutura. O IBGE destaca a produção de máquinas e equipamentos para energia elétrica (22,2%) e para construção (8,2%). Na outra ponta, bens de capital agrícolas (-16,5%) e de bens de capital para transporte (-1,6%).
A categoria de bens de consumo semiduráveis e não duráveis (2,7%) ficou próximo à média
geral da indústria e teve como destaque alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (3,1%), onde os principais itens foram refrigerantes e cervejas. Vale mencionar também o subsetor de outros bens não duráveis (3,3%) fortemente relacionado ao desempenho das indústrias farmacêuticas e de edição e impressão. A produção do subsetor de semiduráveis (basicamente confecções e calçados) foi 3,1% menor que em 2005.
Vinte das vinte e três atividades da indústria cresceram, com impulso maior na produção de computadores, medida no grupo Máquinas para escritório e equipamentos de Informática, que aumentou 51,6%. Também aumentaram produção a indústria extrativa (7,4%); a de máquinas e equipamentos (4,0%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (8,7%); alimentos (1,8%) e bebidas (7,2%). "Esse grupo de indústrias tem uma dinâmica bastante articulada ao desempenho de bens de consumo duráveis e de bens de capital, líderes da expansão recente, além de se beneficiar do dinamismo das exportações de commodities, como é o caso da indústria extrativa (minérios de ferro e petróleo) e da alimentícia (açúcar)", destaca o IBGE na Pesquisa Industrial Mensal Produção Física.
Já madeira (-6,9%), vestuário (-5,0%) e outros produtos químicos (-0,9%) foram as principais pressões negativas.
(Sabrina Lorenzi - Gazeta Mercantil Tempo Real)