Fábio de Mello Castanho, Portal Terra
JOHANNESBURGO - Herói da seleção espanhola na final da Copa do Mundo da África do Sul, o meio-campista Andrés Iniesta vive uma fase iluminada. Campeão da Eurocopa em 2008, da Liga dos Campeões em 2009 e do Campeonato Espanhol nos últimos dois anos, o jogador vale 150 milhões de euros (cerca de 330 milhões) de acordo com cláusula rescisória assinada em 2008.
Mas depois do que fez na final deste domingo, no Estádio Soccer City, em Johannesburgo, deve valorizar seu passe ainda mais. O gol marcado aos 11min do segundo tempo da prorrogação deu a vitória por 1 a 0 aos espanhóis e garantiu o primeiro título mundial da história do país.
Iniesta teve um início de final devagar. Acostumado a tomar conta do meio-de-campo ao lado de Xavi no Barcelona, o camisa seis parecia preso. Mas como se as faltas que recebia o acordassem, Iniesta se impôs no jogo, bateu também, perdeu gol feito e se transformou em herói ao receber passe de Fábregas e fuzilar o goleiro Stekelenburg.
Um prêmio para um jogador tranquilo, conhecido pelos apelidos de "Cérebro" e "Anti-galáctico". Nascido em Fuentealbilla, começou a carreira juvenil na maior equipe da região, o Albacete. Jogou apenas dois anos no clube até ser levado para o Barcelona, em 1996, quando tinha apenas doze anos.
Foi formado conforme a história de jogadores do clube. Um meio-campista clássico, com toque de bola preciso, criatividade e controle da bola. Estreou no time principal do Barcelona em 2002 e encontrou em Xavi seu companheiro perfeito de jogo.
Participou das seleções de base espanholas desde os 14 anos. Na principal, estreou em 2006, mas se firmou no ano seguinte. Conquistou a Eurocopa com status já de protagonista ao lado de nomes como Fábregas e Fernando Torres.
Neste domingo, virou personagem principal da maior conquista do futebol de seu país. E ao seu melhor estilo, sem estrelismo, homenageou com uma camisa por baixo do uniforme Dani Jarque, capitão do Espanyol que morreu de ataque cardíaco antes da temporada.