Biólogos descobriram que cada célula infectada pelo novo coronavírus contém por volta de dez partículas virais, em total o doente da covid-19 no pico da infecção tem de um a cem bilhões de partículas virais.
Cientistas do Instituto Weizmann de Ciência, Israel, junto com colegas norte-americanos, estudaram a carga viral nos tecidos e nos fluidos do corpo de humanos e macacos-rhesus infectados com coronavírus.
Em média, cada célula infectada contém por volta de dez partículas virais, ou vírions. Para saber o número total de vírions, os cientistas multiplicaram a concentração viral em cada tecido pela massa total de tecido, segundo os resultados publicados no portal medRxiv.
As células do tecido pulmonar têm a maior concentração do vírus, uma concentração menor se verifica nos tratos respiratório e digestivo.
De 1% a 10% das células dos pulmões e vias respiratórias contêm receptor ACE2, que o coronavírus precisa para entrar na célula. Se todas elas fossem infectadas, a carga viral seria muito mais evidente, segundo a pesquisa. Isso significa que muitas das células que possuem receptor ACE2 não contraem o vírus.
"Nossa avaliação do número total de vírions pode ser usada para calcular parâmetros desconhecidos até agora, tais como a proporção das células hospedeiras potenciais infectadas no pico da infecção", comentam cientistas, citados pelo portal Medical News.
No total, um corpo humano infectado contém de 109 a 1011 partículas virais com massa total de 0,1 microgramas a 0,1 miligramas.
"O conhecimento do número absoluto de vírions no indivíduo infectado ajudará a avaliar a reação do sistema imunológico, o cálculo das doses mínimas de infecção e os limites de detecção nos testes", de acordo com cientistas.
Os resultados da pesquisa são importantes para avaliação do controle de propagação da covid-19 e elaboração da estratégia de luta contra esta doença.(com agência Sputnik Brasil)