Agência ANSA
CIDADE DO MÉXICO - O governo mexicano decidiu manter o estado de alerta sanitário decretado em 23 de abril por causa da epidemia de gripe A (H1N1), que provocou 109 mortes e infectou 6.403 pessoas no país, segundo registros oficiais. As informações são da agência Ansa.
A decisão do governo foi tomada após a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevar ao máximo o nível de alerta da nova doença, que se converteu na primeira pandemia mundial do século XXI.
- Não podemos suspender o alerta, vamos mantê-lo durante mais algum tempo - anunciou o ministro de Saúde do México, José Angel Córdova. O ministro assegurou que "o vírus da nova gripe não vai desaparecer nos próximos meses ou anos", mas enfatizou que o México "já está em uma fase endêmica, e não epidêmica".
De acordo com o último relatório do governo, o número de mortes causadas pela gripe A (H1N1) aumentou de 108 para 109 - sendo que o último óbito foi registrado em 18 de maio.
O total de infectados no país chegou a 6.403 casos.
- O México está em uma fase de controle do vírus, que não vai desaparecer. Surgirão poucos casos, que serão controlados - reiterou Córdova.
Córdova ainda informou que "uma nova onda do vírus é esperada para novembro ou dezembro", ou seja, no final do outono e início do inverno no Hemisfério Norte.
Segundo Córdova, para tratar a doença o México dispõe de 2,2 milhões de doses antivirais, das quais metade será distribuída em todos os estados do país.
Dessa forma, o governo ficará com uma reserva de pouco mais de um milhão de medicamentos. O ministro também insistiu que é preciso continuar com as medidas de prevenção para evitar a propagação do vírus, mas "não será necessário proibir as aglomerações em escolas e ambientes de trabalho".
Além disso, as autoridades mexicanas vão manter "um cuidado estrito nos aeroportos", sobretudo nos voos internacionais, pois "alguns casos podem vir do exterior e causar surtos aqui", completou Córdova.