A ecologia é o tema da última encíclica publicada pelo Papa Francisco. O assunto começou a ter destaque na década de 70, principalmente na convenção de Estocolmo, em 1972, quando o assunto era tratado exclusivamente pela área acadêmica. 20 anos mais tarde, a ECO 92 amplificava a questão e os governos do mundo começavam a atentar para a necessidade de relações mais ecológicas com a natureza e com o próprio ser humano.
Em 2012, a Rio +20 trouxe novos debates sobre a temática, dessa vez contanto com ampla participação da sociedade civil. Em sua encíclica Francisco aponta "A submissão da política ante a tecnologia e as finanças se mostra no fracasso das reuniões mundiais", destacou o Papa.
A professora do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio, Maria Isabel Monteiro Barreto, aborda este tema em seu trabalho de conclusão do curso (MBA em Gestão de Pessoas) "Competências Humanas para sustentabilidade" apresentado na Escola de Negócios IAG/PUC-Rio e afirma que a ecologia não é apenas uma problemática e sim um processo que tem que se vivido de dentro para fora a fim de realizar a transformação necessária para então chegar ao patamar que a sociedade precisa.
A pesquisa versa sobre como a ecologia está associada às empresas, apontadas pelo pontífice como deflagradoras da problemática. As discussões pautadas em ações de responsabilidade social, consciência na utilização de recursos naturais e reciclagem não abarcam os principais interessados e também agentes transformadores. As empresas precisam de relações ecológicas com seus recursos humanos, afinal eles estão inseridos neste processo e integram a sociedade, que é a principal interessada nas transformações na ecologia para um planeta mais saudável.
O Relatório Visão 2050, desenvolvido por 29 empresas globais associadas aos World Business Council For Sustainable Development (WBCSD) apresenta soluções para substituir o modelo atual de desenvolvimento, por um baseado no uso equilibrado dos recursos renováveis, na reciclagem dos que não são e também no envolvimento e articulação entre empresas, governos e sociedade civil, a fim de estabelecer um gradual de consciência global sobre a sustentabilidade. Para a pesquisadora, "A mudança efetiva para implementar a verdade do conceito de Sustentabilidade, esse novo paradigma, só vai ocorrer quando as pessoas se interiorizarem e agirem de forma consciente e definitiva.", disse.