Um grupo de cientistas publicou os resultados das suas investigações em um cenote localizado na península de Iucatã, México. Cenotes são poços muito profundos com água cristalina, alimentados por rios subterrâneos, que são visíveis quando o teto de uma gruta colapsa.
Uma equipe de investigadores do México e dos EUA descreveu as descobertas que foram feitas no fundo do cenote Hoyo Negro, no México. Entre os artefatos encontrados figuram ossos de animais carnívoros pré-históricos, parecidos com um lobo e urso, e dois esqueletos humanos. Os resultados da investigação foram publicados na revista científica Biology Letters.
Em 2007, os cientistas descobriram neste cenote na península de Iucatã inúmeros ossos de animais com cerca de 30.000 anos, assim como dois esqueletos humanos. Segundo o portal Phys.org, a análise das descobertas demonstrou que os alguns dos animais que se pensava haverem existido somente na América do Sul, também habitaram no México.
Animal bones found at bottom of Hoyo Negro shed light on the Great American Biotic Interchange https://t.co/QNdB45aiX7 pic.twitter.com/7jUAULiRjP
— Binh Nguyen (@dtbnguyen) 2 de maio de 2019
Ossos de animais encontrados no fundo de Hoyo Negro lançam luz sobre sobre o Grande Intercâmbio Americano
O portal realça que, milhares de anos atrás, este poço não tinha água e os animais morriam ao cair de uma altura de 60 metros por uma abertura na superfície. Quando o poço se encheu de água na sequência do derretimento das geleiras, isso permitiu preservar os ossos. Nos últimos 12 anos, os cientistas conseguiram recuperar vários esqueletos.
Animales prehistóricos y esqueletos humanos: Describen los hallazgos en el cenote Hoyo Negro en Méxicohttps://t.co/tR7mIL1rMK pic.twitter.com/2T92C1exHx
— EL INFORMANTE (@ElInformanteMX) 2 de maio de 2019
Animais pré-históricos e esqueletos humanos: Descrição das descobertas no cenote Hoyo Negro no México
Ente eles destaca-se o esqueleto de um ser humano com cerca 12.000 anos e ainda outro esqueleto com 13.000 anos. Este último, encontrado em 2007, é considerado um dos mais antigos do hemisfério ocidental. Os investigadores pensam que a ossada pertence a uma adolescente, e suas investigações podem fornecer novas pistas sobre a origem dos primeiros nativos americanos.