Vivemos uma situação muito inusitada. Onde está a inteligência das cidades em todo o mundo? Onde está a inteligência na saúde?
Não conseguimos nos preparar adequadamente para o combate a este inimigo invisível, o COVID-19, um vírus. Não os vemos a olhos nus pois a maioria tem de 20 a 300nm e só vemos partículas acima 50 µm de diâmetro. Como referência, 1 nm é a milésima parte do mícron, que por sua vez corresponde a milésima parte de 1 milímetro.
Onde estão os supercomputadores e os avançados sistemas (conjunto de programas de computadores) que não conseguiram mapear os riscos? A grande discussão hoje é se devemos ou não promover o lockdown, vertical ou horizontal, se o político “A” tem mais razão que o “B”, se esta ou aquela informação é fake ou não.
Precisamos sair do achismo, o mundo já não permite amadorismo. Não há espaço para nos acharmos mais “espertos” que outros. A palavra-chave é trazer às nossas vidas a técnica, não aquela do Dr. Google, mas aquela aprendida na academia.
Imaginando um cenário nada difícil, vamos fazer um exercício aqui na América Latina. Habitada há mais de 10 mil anos, vemos vestígios de civilizações que apesar de avançadas, desapareceram sem deixar rastros. Qual a nossa diferença? O que temos disponível para prever o futuro e mitigar eventos? Será que um novo vírus pode dizimar a civilização?
Cidades resilientes, são cidades que precisam ser inteligentes. A resiliência é a capacidade de lidar com situações adversas e se remodelar para lidar com os problemas, superando-os.
O momento que a crise nos impõe, nos leva a repensarmos a vida, a forma com o qual vivemos a vida. Quando corremos não percebemos muitas coisas que acontecem ao nosso redor.
A forma de produção de energia, a coleta e tratamento do lixo, da água, como preservamos a terra, o ar, são coisas que precisamos repensar. Podemos viver com muito conforto sem usar combustíveis fósseis na geração de energia e em contrapartida ganhamos melhor qualidade do ar. Podemos gerar energia por biodigestão ou por pirólise e darmos destinação a resíduos orgânicos por consequência.
Precisamos pensar mais na coleta de dados, nos big datas. Para gerar dados, precisamos de mais sensores, de mais IOT (internet das coisas) para transmissão segura e efetiva destes dados do campo (local onde o dado é gerado) para os sistemas. Com estes dados sendo armazenados em big datas, sistemas podem simular infinitas situações e prever as mais prováveis. Com o tempo essa probabilidade se aproxima da realidade. Com base nos cenários mais prováveis, simulações de soluções possíveis podem ser processadas e com isto a resiliência tem seu apoio.
Para sairmos mais fortes desta crise, precisamos alcançar a tecnologia disponível e promovermos mais e mais o desenvolvimento de novas tecnologias.
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