Uma obra com as cores da Arábia Saudita vai ser retirada do World Trade Center, depois das críticas sobre sua colocação no local dos atentados de 2001, que o reino é acusado de ter apoiado.
A escultura, um falso bombom gigante de dois metros de altura, feito em resina de poliéster, é parte de uma instalação chamada "Candy Nations", que toma as bandeiras de cada um dos países-membros do G20.
Criada em 2011, a instalação já circulou por dezenas de países e anteriormente tinha sido instalada em outros locais de Nova York.
Atualmente, é exibida na esplanada do World Trade Center, perto do Oculus, a grande sala da estação de metrô, inaugurada em 2016.
"Estamos em contato com o Memorial do 9/11 e vários funcionários e, em colaboração com o artista, vamos transferir as instalações", disse à AFP a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey, proprietária e gestora do local.
Ao invés de mover apenas a bandeira saudita, todas as instalações serão realocadas no aeroporto John F. Kennedy, informou a Autoridade Portuária.
"Sentimos que esta solução respeitava a sensibilidade única deste local e preservava a integridade artística da instalação", acrescentou.
A mudança está programada para esta semana.
Várias pessoas se mostraram sensibilizadas pela presença deste caramelo gigante, com a cor verde da bandeira saudita, no local onde se erguiam as torres-gêmeas.
"O país que financiou, organizou e orquestrou o 11 de setembro agora tem uma estátua que honra sua maldade a poucos metros de onde morreram 3.000 americanos. É uma vergonha nacional", tuitou Charlie Kirk, fundador e líder da organização Turning Point USA, que aglutina jovens conservadores.
A responsabilidade da Arábia Saudita nos ataques de 11 de setembro nunca foi oficialmente estabelecida.