Uma semana de excelentes acontecimentos musicais, apesar da trágica notícia da exoneração do presidente da Funarte, Miguel Proença, um dos maiores pianistas do Brasil. Proença, que até o ano passado era diretor da Sala Cecília Meireles, fez um excelente trabalho, criando uma programação diversificada e usando seu prestígio internacional para trazer músicos estrangeiros ao Rio. É lamentável observar mais um órgão do governo desdenhando a capacidade e talento de um músico, que será substituído por alguém sem as credenciais musicais e a experiência na gestão de políticas públicas que o cargo exige.
Hoje, no Theatro Municipal, às 20h, a Orquestra Sinfônica Brasileira faz um concerto em homenagem a Portugal, encerrando a Série Mundo, que teve homenagens a outros países como Espanha e França. No programa, peças do Padre José Maurício Nunes e dos compositores portugueses Miguel Azguime e Joly Braga Santos, sob a regência do multi-instrumentista português Pedro Carneiro, que tocará marimba no Concerto para Marimba e Orquestra, de Azguime. Do Padre José Maurício (1767-1830), um dos poucos compositores brasileiros conhecidos do período colonial, teremos a Abertura em Ré, peça rara por ser uma música de concerto, uma vez que o compositor se dedicou a escrever principalmente música sacra. Nesta peça, o compositor mostra domínio em escrever no estilo clássico de sua época.
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Amanhã (7/11) no Theatro Municipal, às 20h, a Dell’Arte traz uma das melhores orquestras de música barroca do mundo: a English Baroque Soloists, acompanhada do coro Monteverdi Choir, sob a regência de seu fundador, Sir John Eliot Gardiner. No programa, Messa a 4 voci da cappella, SV. 190, de Monteverdi; Stabat Mater, de Scarlatti; Hear my prayer, o Lord e Jehova, quam multi sunt hostes; e de Purcell; e Jephté, de Ciacomo Carissimi.
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A XXIII Bienal de Música Brasileira Contemporânea, que acontece de 10 a 14 de novembro, reunirá a produção mais recente de compositores brasileiros, numa série de 52 obras, nos estilos música sinfônica, de câmara e eletroacústica/mista. A programação conta com 47 peças, selecionadas por uma comissão de músicos, e mais cinco, criadas por autores convidados de renome: Edino Krieger, Jocy de Oliveira, Raul do Valle, Marlos Nobre e Ricardo Tacuchian.
A abertura ocorrerá com as músicas sinfônicas neste domingo, às 10h30, no Centro de Artes da UFF, e, mais tarde com Música de Câmara, às 17h, na Sala Cecília Meireles.
Abertura: Domingo, 10 de novembro, 10h30, Centro de Artes da UFF
Rua Miguel de Frias, 9 - Icaraí, Niterói
Música Sinfônica
Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense
Regente: Ricardo Bologna
Alexandre Avellar - Levantado do Chão, Quadros para Orquestra Sinfônica
Dimitri Cervo - Concerto para Violino e Orquestra "As Quatro Estações Brasileiras
Solista: Daniel Guedes.
Fernando Cerqueira - Antigas Rotas, Postlúdio para orquestra sinfônica
J. Orlando Alves - Concerto para Trompa e Orquestra
Solista - Philipe Doyle.
João Guilherme Ripper - Jogos Sinfônicos, Distâncias (1º movimento)
Roberto Macedo - Pseudodivertimento para clarineta e orquestra
Solista: José Batista Junior.
Marlos Nobre – Sacre du Sacre, opus 118 (2013)
Domingo, 10 de novembro, 17h, Sala Cecília Meireles
Rua da Lapa 47 - Centro, Rio de Janeiro
Música de Câmara
Matheus Bitondi - Gotas de vento e rajadas de aço para flauta, clarinete e violino
Clarinete - Cesar Bonan; flauta - Rômulo Barbosa; violino - Tais Soares.
Roseane Yampolschi - Candeias para violoncelo solo
Solista - Lars Hoefs.
Elodie Bouny - Déjà-Vu (quarteto de violões)
Fábio Adour, Maria Haro, Marco Lima, Luis Carlos Barbieri
Raul do Valle - Arapuã (Série Miniaturas Sonoras para Solistas)
Ponteio: Versão para Violoncelo Solo
Solista - Lars Hoefs.
Nikolai Almeida Brucher - Como um índio de casaca para quarteto de cordas
Quarteto Kalimera: 1º violino - Luísa de Castro; 2º violino - Tomaz Soares; viola -Jessé Máximo Pereira; violoncelo - Daniel Silva.
Rodrigo Marconi - Peças Dispersas, violão solo
Solista - Fábio Adour.
Vicente Alexim - Clarinet Quintet para clarineta e quarteto de cordas
Quarteto Kalimera.
Rodrigo Lima - Sopro Diagonal para quinteto de sopros
Quinteto Lorenzo Fernandez.
Flauta - Rômulo Barbosa; Oboé – Rodrigo Herculano; Clarinete - Cesar Bonan; Trompa - Alessandro Jeremias; Fagote - Jeferson Souza.
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Orquestra Sanfônica do Rio de Janeiro: a orquestra idealizada pelo maestro Marcelo Caldi Magalhães e formada por sanfoneiros, cantores e percussionistas traz novas cores para revitalizar o acordeom no cenário contemporâneo. No programa obras de Marcelo Caldi, Villa-Lobos, Richard Galliano, Piazzolla, Thaikovsky, Sivuca, entre outros. Sala Cecília Meireles, sábado (9/11), às 20h.