Lá no corredor do Borel tem uma Galeria de Arte. É o projeto Boreart, criado por Fred Castilho de 29 anos e que pensou junto com mais alguns amigos em criar uma galeria de arte e envolver todos os moradores no processo, como um movimento de arte interativa.
A ideia, impulsionada por apoio financeiro conseguido ao participar do projeto Agência de Redes para Juventude, pôde proporcionar aos moradores a interatividade e a convivência com obras de arte, feitas por artista, conhecidos e desconhecidos. E o mais importante, revelar a força da arte e da favela, pelo olhar da juventude.
Atualmente, quadros da mostra "Andareiro", do artista pernambucano André Soares Monteiro, estão pendurados em paredes de várias casas do Borel. E assim, segundo Fred, a Rua Nova, que era sinônimo de tristeza, virou uma grande galeria, e mais do que isso, a arte invadiu as casas.
Ao chegar ao Borel é fácil identificar a identidade visual do projeto e a arte feita pelos grafiteiros, que de vez em quando desenvolvem sua arte nos muros e paredes de casas da favela, além de levar sua arte para exposições externas, como a realizada no lançamento do Programa Caminho Melhor Jovem.
Artistas como o senhor Jessé, por exemplo, que trabalham com o reaproveitamento de materiais, encontraram uma forma de mostrar sua arte através desta ação. Desta forma, o Boreart vai mudando e colorindo a paisagem do Borel.
E pra não dizer que não falei de flores... Hoje, às 19h na Vila Turismo, em Manguinhos o evento "Manguinhos tem fome de direitos", será na Praça Américo Júnior, próximo ao campo do esperança em Vila Turismo.
"A nossa luta é todo dia e toda hora. Favela é cidade. Não à GENTRIFICAÇÃO ao RACISMO, ao RACISMO INSTITUCIONAL, ao VOTO OBRIGATÓRIO e à REMOÇÃO!"
*Mônica Francisco é representante da Rede de Instituições do Borel, Coordenadora do Grupo Arteiras e aluna da Licenciatura em Ciências Sociais pela UERJ.