Maurício Zágari, JB Online
RIO - Jack Black é um bom ator. Divertido, bonachão, carismático. O problema é que toda vez interpreta magistralmente o papel de... Jack Black. Em Rebobine, por favor, ele usa os trejeitos, olhares e maneirismos de sempre para dar vida ao mesmo sujeito que já incorporou em Escola de rock, Nacho libre e tantos outros filmes, até mesmo aqueles em que deveria ficar mais sério, como King Kong e O amor não tira férias. Se não tomar cuidado, corre o risco de virar uma espécie de novo Jerry Lewis: sempre engraçado, mas sempre igual.
Fora isso, o filme de Michel Gondry (Brilho eterno de uma mente sem lembranças) traz um argumento hilário em uma produção bem realizada, com umas poucas tiradas excelentes. O ponto alto é a recriação mambembe de antigos filmes de Hollywood: após sair do cinema, não deixe de conferir as montagens no website indicado nos créditos finais. Paradoxalmente, é o que faz valer o preço do ingresso.