Jornal do Brasil
RIO - Antes da quarta passagem do Simply Red pelo Brasil, o vocalista Mick Hucknall fala sobre o drama que marcou sua conturbada infância, os shows no Brasil e fãs que têm menos tempo de vida do que ele de carreira.
Jornal do Brasil: Após 25 anos lançando discos, você atingiu tudo que quis como músico?
Tenho orgulho desses 25 anos. Progredimos na música, mudamos gradualmente o estilo e continuo orgulhoso. Agradeço o apoio.
Jornal do Brasil: Você já disse que seus relacionamentos amorosos foram afetados pelo fato de sua mãe tê-lo abandonado quando você era criança. Como esse acontecimento influenciou no modo de você compor?
Teria que escrever um livro para dizer adequadamente sobre a influência que o abandono da minha mãe teve na minha música. Não saberia dizer quanto isso está presente na minha vida e na minha forma de compor, mas sei que de alguma forma há uma influência.
Jornal do Brasil: Você se preocupa em agradar a uma nova geração de ouvintes ao compor?
Se fizer música pensando no que as pessoas querem ouvir, não terá sucesso. Você tem que fazer a música que quer. Mas é claro que sempre espero que as pessoas gostem do que faço.
Jornal do Brasil: Qual a diferença entre fazer um álbum solo para os discos como líder do Simply Red?
A grande diferença foi que no álbum solo não compus nenhuma das canções.
Jornal do Brasil: Por que você decidiu homenagear o cantor Bobby Bland em sua carreira solo?
Há muitos anos sou fã da música de Bobby. Foi um grande prazer fazer um disco em sua homenagem.
Jornal do Brasil: Quais outros músicos você gostaria de homenagear?
Não tenho planos de fazer nenhum outro álbum que seja uma homenagem como foi esse.
Jornal do Brasil: Como foi participar da novela brasileira Celebridade, em 2003? Você gosta de novelas?
Não gosto muito de novelas. Prefiro assistir a Rupert Bear (desenho animado inglês estrelado por um urso) com minha filha. Mas a participação foi divertida.
Jornal do Brasil: Em 2003, Home saiu sem o apoio de uma grande gravadora. Como foi gravar de forma independente?
Foi libertador. Prefiro trabalhar assim.
Jornal do Brasil: Quais lembranças você tem dos shows que fez no Brasil?
Tenho lembranças mágicas. Lembro do primeiro show lotado, estávamos começando e o público foi fantástico. Estou ansioso para voltar. O Brasil é especial.