Jornal do Brasil
RIO - O representante da indústria de novos combustíveis, Odacir Klein, presidente executivo da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), apresentou importantes argumentos em favor da expansão do plantio e produção de oleaginosas. Antes de sua explanação, o ex-ministro dos Transportes falou da importância do encontro.
Pela importância que tem o Jornal do Brasil como veículo de comunicação, este evento precisa ter desdobramentos, no sentido de levar uma importante mensagem ao público e ao poder público.
Assim como a Única, junto às empresas produtoras de etanol, a Ubrabio é uma entidade de representação de companhias produtoras de biodiesel. Klein explicou que há cinco não havia empresas produtoras de biodiesel. O Programa Nacional do Biodiesel, lançado pelo governo federal, foi o marco inicial da atual realidade. Os propósitos do programa foram geração de renda, incentivo à agricultura familiar, inclusão social, desenvolvimento regional, antever a finitude do petróleo, além da questão ambiental.
O presidente da Ubrabio explicou que os percentuais de mistura obrigatória do biodiesel puderam ser ampliados pelo fato de já existirem empresas em condições de suprir a demanda e pelo fato de o governo desejar o fortalecimento do setor. Para Klein a finitude do petróleo não é o principal argumento em favor do biodiesel, mas sim a inclusão social a partir da diversificação na agricultura familiar. Segundo ele, o selo "Combustível Social" ajudará o país a atingir o objetivo.
Assim como o pesquisador Nelson Furtado, Odacir Klein aposta no pinhão manso:
É necessário que estimulemos o pinhão manso, que representa uma garantia para o futuro.
A questão ambiental é, na opinião de Klein, uma das questões que justificam o incentivo ao biodiesel. O crescimento da população nos centros urbanos obriga grandes investimentos que minimizem a queda na qualidade de vida. O uso do biodiesel, embora mais caro que os demais combustíveis, deveria ser estimulado nestas áreas pelo ganho em saúde pública, ao melhorar a questão ambiental. Ele lembrou que o reaproveitamento do óleo de soja de cozinha e a utilização de parte da produção de soja na fabricação de biodiesel representariam um significativo ganho em volume de produção, algo ainda não incentivado.