Nesta quarta-feira, teve início a décima edição da Feira Literária Internacional de Paraty (Flip). Em clima ameno e descontraído, a cidade ficou lotada para receber os turistas esperados para o período e 4 a 8 de julho, quando acontece o festival. Nas ruas, bares e restaurantes expõem cardápios variados, confirmando a tradição de pólo gastronômico. A Secretaria de Cultura do município informou que ainda não foi feito um levantamento sobre a ocupação nos hotéis da cidade, mas a expectativa é de muitos visitantes. Os dados devem ser divulgados nesta quinta-feira (5).
A empreitada, iniciada em 2003 pela editora inglesa Liz Calder, chega à sua décima edição prestando homenagens ao poeta e cronista Carlos Drummond de Andrade. Na cerimônia de abertura da Flip deste ano, Silviano Santiago e Antônio Cícero se juntaram a Luís Fernando Veríssimo para tratar da obra e da personalidade do escritor mineiro.
Albergues lotados
A gerente do albergue Che Lagarto, Lolo Batista, disse que, apesar de tardar um pouco, o estabelecimento está lotado para o período do festival. Lolo atribui a demora aos preços praticados na cidade durante a Flip. A gerente também relata que cerca de 90% dos visitantes são brasileiros, em sua maioria que vieram para participar e assistir às palestras.
“Tivemos que quebrar o pacote de quatro noites por conta da demanda. A Flip é um evento caro, os preços nos albergues e hotéis da cidade dobram”, conta. "Mas, como sempre, estamos lotados e animados para a Flip".
Os chilenos Rodrigo Escobar e Caroline Diaz admitem que não sabiam que a feira aconteceria nesta semana, mas se empolgaram com a agitação que dominou as ruas de Paraty.
“O ambiente é ótimo. Estou fazendo um mochilão pelo Brasil e vim a Paraty por causa da história e da tradição da cidade. O festival foi uma excelente surpresa”, disse Escobar, que está aprendendo português.
Show
Após a cerimônia de abertura é a vez do músico pernambucano Lenine subir ao palco e se apresentar ao público da Flip.