Muito além de construir a liberdade, o projeto social criado pelo Grupo Risotolândia em 2008 dá a chance da ressocialização e da oportunidade de emprego para detentos da Colônia Penal Agroindustrial do Paraná. O “Liberdade Construída” é realizado pela empresa em parceria com a Secretaria de Justiça e Cidadania do Paraná.
Desde que foi criado, mais de 1.500 detentos já participaram das atividades do projeto. Atualmente, 18 estão ativos e 29 já foram contratados para trabalhar no grupo, localizado em Araucária (PR).
Os detentos participantes do projeto passam pelas áreas de psicologia e jurídica na Colônia Penal Agroindustrial e no Grupo Risotolândia, realizam os exames de admissão, participam de treinamentos das áreas de segurança do trabalho e operacional. Já os ex detentos que são contratados passam pelo processo normal de admissão na empresa, ou seja: entrevistas, realização de todos os exames, integração e treinamentos.
No local de trabalho, são tratados igualmente aos outros funcionários. “Eles dividem as mesmas funções, utilizam diariamente o mesmo uniforme e têm o respeito dos colegas e dos supervisores. Isso é uma grande motivação para que cumpram a pena e voltem à sociedade já habituados com o ritmo de trabalho e com a chance de começar uma nova vida”, comenta o diretor superintendente do grupo, Carlos Humberto de Souza.
Além de reduzir um dia na pena a cada três dias de trabalho na empresa, o Liberdade Construída – que atende as exigências da Lei de Execução Penal - também garante aos detentos remuneração, com 75% do salário mínimo nacional. “Este é o primeiro projeto em que detentos são trazidos diariamente da Colônia à empresa, sendo totalmente integrados aos outros colaboradores. Eles trabalham em funções como higienização de contêineres e bandejas, manutenção de veículos, higienização de hortifrúti e pátio”, explica Carlos Humberto.
O programa já recebeu diversos prêmios, entre eles o “Ser Humano Paraná – Luiz Hamilton Berton” em 2011, que foi promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos, a ABRH.