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Cartas

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Tráfico no Rio Muito bom o trabalho das policias e das Forças Armadas contra o trafico no Rio de Janeiro. Apesar disso, só iremos ter sucesso se outra instituição resolver trabalhar contra o crime. De pouco adiantará toda essa operação se o Congresso continuar inerte na elaboração de leis especiais para traficantes e uma reforma no sistema prisional, de maneira que traficantes não tenham as regalias de contato com o mundo exterior como têm os demais presos. A hora é agora.

Caso contrário, logo os traficantes recuperarão todo espaço perdido nesta operação.

Marcos Cesar De Rosa, Itajaí (SC) No melhor estilo Lula, Cabral reconquistou o complexo do Alemão, um enclave na cidade do Rio de Janeiro que não pertencia ao estado do governador.

Cabral celebrou a conquista hasteando a Bandeira Nacional em um teleférico que nem inaugurado havia sido, mas estava em poder dos narcotraficantes.

Embora o governador tenha cantado vitória como Bush no Iraque, as forças de segurança ainda não sabem onde estão os 600 bandidos homiziados.

Agenor Magalhães, Niterói (RJ) Analisando bem toda essa confusão de repressão aos traficantes no Rio, é necessário que as autoridades federais e estaduais se reúnam e decidam o quanto antes para liberar os traficantes encurralados nos morros cariocas pelas forças militares. Já está faltando o pó em Copacabana, Leblon e vários outros bairros da classe alta. As Farc estão reclamando com os seus agentes brasileiros a queda no consumo. O Paraguai e a Bolívia dizem que não têm nada a ver com isso, e suas fronteiras com o Brasil continuam livres e escancaradas como sempre.

Benone Augusto de Paiva, São Paulo As autoridades do Rio estão dizendo que tomaram o morro do Alemão. Tomara, porque se não for verdade tenho pena da comunidade. Eles conhecem o Alemão? Sabem onde ficam as vielas, esconderijos, paredes falsas etc para dizerem isso? Tem traficante invadindo casa de morador para morar com ele, ameaçando-o, e alguns chegam a expulsá-lo. As prisões efetuadas não chegam a 50. Para um quantitativo de 600 traficantes, como se noticiou, isto não é nada. E depois, quem estão prendendo? Os chefões mesmo, os cabeças? Panayotis Poulis, Rio A invasão que está sendo feita no complexo do Alemão já era para ter sido feita há muito tempo. Tenho certeza de que as autoridades sabem que não vão acabar com o tráfico de drogas na cidade, mas pelo menos vão proporcionar alguma esperança e sossego aos 400 mil moradores daquela localidade. O importante em toda essa história é mudar o sentimento do cidadão, que é obrigado a viver dentro destas comunidades, fazendo com que ele acredite no poder público e confie na polícia.

Wilson Gordon Parker, Nova Friburgo (RJ) Impressionante a visão do cineasta e diretor do filme Tropa de elite , 1 e 2, e outros filmes, José Padilha, a respeito da violência no Rio. Com todas as letras ele pontua o mapa do crime e seu crescimento, apesar de os governos e partidos políticos sempre terem virado as costas aos moradores de comunidades em constante confronto com o crime, com as drogas, enquanto o tráfico foi aumentando seu exército. Nos últimos 30 anos os governos assistiram passivamente à morte de inocentes, vítimas de uma política omissa e corrupta. O desafio da nova presidente é a herança maldita deixada por seus sucessores. Resta saber se será mais um plano engavetado ou um balão de ensaio visto que a Copa de 2014 e a Olimpíada 2016 estão aí, e o mundo está de olho no desfecho dessa batalha. Conforme disse Padilha: “Quem quer ser polícia no Rio tem que escolher: ou se omite, ou se corrompe, ou vai pra guerra”. Por uma questão de escolha a guerra já começou, e a torcida é para um final feliz.

Izabel Avallone, São Paulo