O forte aumento das temperaturas provocou aumento de 6,5% no consumo de energia elétrica no país em janeiro frente ao mesmo mês de 2018, alcançando 67.705 MW médios, segundo dados preliminares de medição, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Em janeiro de 2018 o país teve temperaturas amenas, enquanto em 2019, algumas regiões, como o Rio de Janeiro tiveram o verão mais quente em 100 anos.
No Ambiente de Contratação Regulado (ACR), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, a alta foi de 7,3% no consumo, número que leva em conta na análise a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Caso esse movimento dos agentes fosse desconsiderado, o consumo seria 8,5% maior. No Ambiente de Contratação Livre (ACL), no qual as empresas compram energia direto dos fornecedores, o consumo cresceu 4,5%.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores que apresentaram as maiores altas na demanda foram: bebidas ( 9%), transportes ( 8,2%) e de serviços ( 5,5%), quando a migração não é considerada na análise. Por outro lado, dois setores apresentaram retração no consumo, dentro do mesmo cenário sem migração: veículos (-2,9%) e têxtil (-1,8%).
A geração de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) somou 71.057 MW médios em janeiro. O volume representa aumento de 7% frente a janeiro de 2018.
Apesar das chuvas abaixo da média histórica para o período, a geração hidráulica cresceu 10,9% e totalizou 57.532 MW médios, enquanto as usinas eólicas apresentaram aumento de 25,7%, para 5 858 MW médios. Já a geração termelétrica caiu 26,2%, para 7.126 MW médios. Destaque ainda para o crescimento da geração solar, que mais que dobrou no período, para 541 MW médios.