Começou mal, queimando a largada, a tramitação da reforma da Previdência. O Congresso, pela voz abalizada (e comprometida) do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (PFL-RJ) instou o presidente Jair Bolsonaro a só iniciar a apresentação da PEC da Previdência com a apresentação do projeto de Lei de ajuste da aposentadoria dos militares.
Pois foi um tiro pela culatra. No anúncio da reforma da Previdência, em 20 de fevereiro a equipe econômica previu economia de R$1,084 trilhão em 10 anos, dos quais R$ 93,2 bilhões viriam dos militares. Pois hoje, um mês após, quando a PEC dos civis ia dar entrada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o governo revela que, com correção nas carreiras, a economia com os militares murchará para apenas R$ 10,5 bilhões em 10 anos. Ou seja, 88,7% evaporaram. Na verdade, com o reajuste nos planos de carreira, virão mais gastos com os militares da ativa do que com as aposentadorias em cinco anos.