De acordo com a consultoria, os indicadores de crescimento do ano passado devem ser atribuídos, sobretudo, à estabilidade da economia brasileira, ao cenário político-eleitoral e ao baixo volume de lançamentos de novos empreendimentos. "Tivemos um processo político-eleitoral sem surpresas e os indicadores econômicos também permaneceram estáveis, o que manteve o mercado de escritórios em rota de recuperação pelo terceiro ano seguido", resume Lílian Feng, executiva da área de consultoria, avaliação e pesquisa da Jones Lang LaSalle.
Na cidade de São Paulo, a absorção líquida cresceu 61% no ano passado, com a marca de 205 mil m² ocupados, ante 125 mil m² de 2005. Trata-se do segundo melhor indicador de desempenho do segmento registrado no histórico de dez anos de medições da Jones Lang LaSalle. A melhor taxa de absorção líquida foi verificada no ano de 2002: 221 mil m². A redução da taxa de vacância na cidade de SP também foi representativa: caiu para 13,32%%, contra 21,07% em 2005 - redução de 63,2%. O melhor desempenho de ocupação na capital paulista ocorreu nas regiões das avenidas Brigadeiro Faria Lima e Berrini e no bairro de Vila Olímpia.
No Rio de Janeiro, a taxa de vacância medida pela Jones Lang LaSalle teve desempenho relevante, semelhante ao da capital paulista - foi de 5,29%, a terceira melhor marca histórica atrás apenas das de 2001 (4,47%) e 2000 (5,11%). Recorde histórico também na medição da absorção líquida: 66,5 mil m², contra 54,5 m² do ano passado - salto de 22%.
Os especialistas da Jones Lang LaSalle salientam, no entanto, que esse indicador deve ser atribuído à entrega recente, com absorção imediata, de um novo empreendimento construído em regime build-to-suit na Barra da Tijuca.
(Maria Luiza Filgueiras - InvestNews)