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Petrobras estudará composição do gás boliviano para recalcular preço

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Agência Brasil

Brasília - O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, juntamente com o ministro boliviano de Hidrocarburos, Carlos Villegas, anunciaram, agora há pouco, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, que a Petrobrás vai iniciar estudos sobre a possibilidade de pagar mais pelo gás importado da Bolívia, em função da presença de componentes nobres no produto, com preços no mercado internacional acima do que vem sendo cobrado.

Segundo Rondeau, foi constatado que, em meio ao gás natural importado pelo Brasil, estão sendo enviados metano, gás liquefeito de petróleo (GLP, que inclui butano e propano), e a chamada gasolina natural. Esses componentes não estavam previstos no contrato original e, como dão ao gás um poder calorífico superior ao que era, será negociado um aditivo ao contrato, de acordo com os estudos a serem feitos sobre a composição do produto que está chegando ao país.

O presidente da Petrobras disse, ainda, que, atualmente, não existe aproveitamento específico desses componentes nobres do gás, mas que, no futuro, isso poderá acontecer.

Atualmente, a Petrobrás importa cerca de 26 milhões de metros cúbicos de gás da Bolívia por dia embora o contrato preveja a importação de até 30 milhões e paga cerca de US$ 4 por milhão de BTUs (unidade térmica britânica, referência para medir o volume de gás).

O atual contrato vigora até 2019, e até ontem a Petrobras vinha fazendo uma defesa reiterada de que fosse mantido.