De acordo com Décio Pecequilo, operador da Geração Futuro Corretora de Valores, o forte movimento de venda na abertura do pregão era algo esperado, pois havia um hiato entre os preços das ações em Nova York e no Brasil, devido ao feriado de ontem.
No entanto, depois de acumular uma queda de cerca de 3%, os ativos norte-americanos, assim como as ADRs brasileiras voltaram a chamar compra. O Dow Jones fechou com alta de 1,19%, e o Dow Jones Brazil Titan ADR - índice que acompanha 20 ADRs brasileiras - subiu 2,89%. "Simplesmente realização. O investidor aproveitou o cenário para realizar. Mas bate determinado ponto ele volta correndo para comprar", avalia.
Pecequilo destaca que os fundamentos do mercado brasileiro seguem os mesmos: inflação e juros em baixa, empresas baratas em comparação com outros mercados, indicadores técnicos atraentes, dividendos elevados e um movimento de alta consistente, apoiado do lucro das companhias.
Na avaliação do operador, o corte de juros de 0,5 ponto percentual sancionou a expectativa do mercado e o comunicado divulgado indica um Banco Central fazendo uma sintonia fina da política monetária.
Destaque de alta para as elétricas, com a Light (LIGT3) avançando 5,10%, para R$ 30,49. A Celesc (CLSC6) ganhou 4,06% para R$ 41, a CESP (CESP4) subiu 3,96%, para R$ 36,70, e a a Eletropaulo (ELPL6) valorizou subiu 3,67%, para R$ 125,90.
Sustentando o índice, as ações da Petrobras (PETR4) avançaram 1,04%, para R$ 47,40. A ADR da estatal ganhou 2,74% em Nova York, encerrando a US$ 109,53.
Entre as empresas que realizaram IPO neste ano, destaque para a InPar (INPR3), com alta de 5,35%, para R$ 18,40. A companhia entrou para o Novo Mercado na última quarta-feira.
(Eduardo Campos - InvestNews)