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Plano de redução de impostos na França custará 11 bilhões

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Agência EFE

PARIS - O custo do pacote de medidas fiscais e econômicas elaborado pelo governo conservador francês, que deverá ser submetido à votação no Parlamento em julho, se situará em cerca de ¬ 11 bilhões, segundo o primeiro-ministro François Fillon.

- Não são ¬ 15 bilhões, e sim ¬ 11 bilhões - disse Fillon numa entrevista ao jornal 'Le Parisien'. Ele afirmou que o objetivo do plano é "devolver ao trabalho o seu valor" e "provocar um choque de confiança e de crescimento econômico".

Ontem, o líder do Partido Socialista (PS), François Hollande, criticou as medidas, cujo custo tinha avaliado em ¬ 15 bilhões. O dirigente centrista François Bayrou avisou que o pacote vai "piorar o déficit". Ao reduzir o custo do projeto de lei, Fillon informou que a polêmica reforma das horas-extras custará de ¬ 5 a ¬ 6 bilhões. A exoneração fiscal e das contribuições sociais é uma das principais promessas feitas pelo presidente Nicolas Sarkozy durante sua campanha para o Palácio do Eliseu.

Fillon avaliou em ¬ 3 bilhões o custo das deduções de juros de empréstimos para a compra da casa própria, e em ¬ 1,7 bilhão a reforma dos direitos de herança e doação. A redução do Imposto sobre a Fortuna em troca de investimentos em pequenas e médias empresas custará ¬ 500 milhões, e a exoneração fiscal do trabalho estudantil, ¬ 30 milhões. Todas as medidas estão incluídas no projeto de lei que será apresentado ao Parlamento em sua sessão extraordinária de julho. Em setembro, virão "novas medidas para melhorar a competitividade da economia francesa", anunciou o primeiro-ministro.

- As reformas vão modernizar a organização do trabalho e aliviar as regulamentações que pesam sobre as empresas - disse Fillon.

Para financiar as reformas, Fillon conta com o "esforço de redução do gasto público, que é indispensável não só para cumprir compromissos e reduzir a dívida, mas também para dar competitividade" à economia.