ASSINE
search button

Dia de ajustes de posições na BM&F

Compartilhar
SÃO PAULO, 12 de junho de 2007 - O dia de hoje foi de ajustes de posições na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) fecharam em alta. O DI com vencimento em janeiro de 2010 ficou com juro anual de 10,45%, ante 10,31% ao ano. A preocupação maior continua sendo com a possibilidade de mais uma alta no juro dos Estados Unidos. Esta preocupação leva os investidores a se desfazer de títulos com maior risco, como os dos países emergentes.

O rendimento do título do Tesouro dos Estados Unidos com prazo de vencimento de dez anos continuou subindo nesta terça-feira. Segundo o gerente de renda fixa do Banco Prosper, Carlos Cintra, a elevação dessa taxa indica uma certeza maior por parte dos investidores de que o Federal Reserve (banco central norte-americano) deve decidir por uma nova elevação do juro básico local, atualmente em 5,25% ao ano, no decorrer deste ano. Esta expectativa vem crescendo nos últimos dias e mudando o ânimo dos negócios internos de médio e longo prazo.

Por outro lado, profissionais lembram, que a economia brasileira vem passando por um momento positivo. Com o crescimento econômico, estabilidade da inflação e notícias positivas sobre o país - esses fatores fortalecem os investimentos -. As expectativas continuam sendo de uma queda mais acentuada na taxa Selic, fixada em 12% ao ano e isso é um dos pontos fundamentais que vem colaborando para uma demanda maior do investidor estrangeiro por papéis de longo prazo. Segundo analistas, as Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B) - papéis indexados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - são títulos considerados atraentes, principalmente, para o investidor estrangeiro que prefere investimentos de longo prazo. No leilão de NTN-B de hoje o Tesouro Nacional vendeu mais de 5 milhões de papéis, equivalente a R$ 8,563 bilhões.

Os investidores monitoraram também as medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que anunciou hoje o Programa de Crédito - Revitalize - que compreende o financiamento e desoneração para as empresas dos setores de calçados, couro, têxtil, moveleiro, eletroeletrônico e automotivo, para compensar a queda do dólar. Essas medidas não tiveram nenhum impacto no mercado financeiro.

(Maria de Lourdes Chagas - InvestNews)